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empreendedorismo

Escolaridade = longevidade

Socachewsky, que cursou Turismo e Ad­minis­tra­ção:  ambiente acadêmico ajudou a desenvolver o espírito em­pre­­en­-dedor | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Socachewsky, que cursou Turismo e Ad­minis­tra­ção: ambiente acadêmico ajudou a desenvolver o espírito em­pre­­en­-dedor (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

O grau de instrução dos empreendedores brasileiros aumentou na última década e, por consequência, a taxa de sobrevivência nos dois primeiros anos das empresas também cresceu – ao menos é o que diz um levantamento do Sebrae. A relação entre esses dois vetores está gerando negócios mais sólidos, abertos pela oportunidade e não mais pela necessidade, ressaltam os especialistas.

INFOGRÁFICO: Veja qual o nível de escolaridade dos empresários

De 2001 a 2011, a fatia dos donos de negócio que haviam cursado ensino médio completo saltou de 38% para 53%. Já a proporção dos que cursaram até o fundamental completo caiu de 62% para 47%, de acordo com levantamento do Sebrae feito com base em números do IBGE.

Para o Sebrae, esse aumento de escolaridade tem relação direta com o aumento da expectativa de vida das empresas. Em 2001, de acordo com a entidade, 51% das empresas conseguiram comemorar o segundo ano de existência. Em 2011, essa parcela passou para 73%.

O estudo aponta ainda que 10% dos empresários do país têm ensino superior completo ou mais. É o caso do Gustavo Socachewsky, sócio do hotel Santa Paula, em Guaratuba. O jovem, de 29 anos, cursou turismo e administração, e diz que o ambiente acadêmico foi fundamental para o desenvolvimento de seu espírito empreendedor. "Antes da faculdade eu não tinha uma ideia clara. Quando obtive conhecimento, comecei a entender as variáveis da empresa e aprendi a ser um gestor", diz.

Semente

A semente do empreendedorismo, segundo Samir Bazzi, coordenador do Nú­cleo de Empregabilidade e Empreendedorismo da FAE Centro Universitário, está sen­do plantada desde cedo. "Queremos incutir na cabeça do estudante a não pensar somente em ser funcionário, mas também em ser empresário.", salienta.

O gerente de atendimento do Sebrae-PR, André Basso, ressalta ainda que o empresário começou a entender que a educação é exigência mínima na sociedade atual. Outro fator que colaborou com o amadurecimento do empreendedorismo foi o acesso a novas tecnologias. A maior disponibilidade de informações e ferramentas, segundo Passo, dá ao empreendedor a capacidade de entender melhor seu negócio e o mercado em que atua. "Uma pessoa mais escolarizada tem mais possibilidade de conhecer técnicas de gestão e análises", exemplifica.

Outro ponto que favoreceu a alta da escolaridade foi o bom momento econômico vivido pelo país na década passada, segundo Maurilio Alberone, da consultoria empreendedora Bizstart. "A melhora na economia trouxe um maior índice de escolarização e isso aumentou a escolaridade da população em geral, inclusive a dos empresários", pontua.

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