Diante da pressão de seus clientes para a redução de custos e aumento de eficiência, a paranaense JRD Logística de Marketing decidiu investir em um novo nicho de mercado. Especializada em cuidar de toda a parte de transporte e distribuição, a empresa aproveitou as demandas surgidas pela instabilidade da economia para se reinventar e passou a integrar ações de marketing promocional aos seus serviços. E o resultado foi bastante recompensador, como garante o diretor comercial, Renato Paschoal.
Com faturamento bruto de R$ 12,67 milhões e crescimento de 7% em 2015, a empresa foi na contramão da crise ao criar o que chama de “soluções completas de trade marketing”, um conceito próprio que une a parte logística com a operacional. “A necessidade nos fez perceber que, ao invés de deixar nossos clientes contratarem empresas terceirizadas para montar e cuidar de suas campanhas, podíamos agregar isso aos nossos serviços”, explica Paschoal.
Com isso, a JRD passou a cuidar de todo o processo, desde a montagem de quiosques, positivação e até contratação de promotores para os pontos de venda. Para o executivo, essa mudança trouxe a eficiência que seus clientes pediam e serviu para conquistar novos contratos. Só no ano passado, a companhia conseguiu alguns parceiros considerados importantes, como LEGO e McDonalds, e já espera pelo menos duas adições de peso ao seu portfólio nos próximos meses.
Acredito que a economia de 2016 vai ser um pouco melhor, mas ainda é um cenário que requer cuidado.
Paschoal conta que a ideia de oferecer novos serviços ao invés de pensar apenas em soluções logísticas fez com que o novo formato fosse um enorme diferencial para a empresa. Segundo ele, havia uma falta de especialistas em marketing promocional e isso despertou o interesse do mercado. “A crise fez com que as marcas deixassem a publicidade um pouco de lado e fossem para as campanhas nos pontos de venda, onde o consumidor está comprando”, explica. E essa migração “do macro para o micro” ajudou a JRD a se reposicionar e até a pensar em crescimento. Para 2016, a expectativa é um aumento no faturamento de 15%.