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Franchising mira em nichos de mercado

Marcelo Freitas, da Academia do Rock: aluno vira rock star. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Marcelo Freitas, da Academia do Rock: aluno vira rock star. (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

O franchising tem sido uma via de mão dupla nos negócios de nicho. Há franqueadoras tradicionais atentas ao potencial dos segmentos que desenvolvem produtos específicos para públicos bem definidos. “Do outro lado, há empresas de nicho que veem no modelo de franquias uma ferramenta adequada para expandir a marca”, observa a diretora da Regional Sul da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Fabiana Estrela.

Criada há quatro anos em Curitiba, a Academia do Rock quer ganhar mercado. Para isso, formatou processos e layouts, estabeleceu os manuais com a metodologia e, depois de oito meses de consultoria especializada, se prepara para franquear a marca. A meta é fechar 2015 com três unidades e outras cinco em 2016. Para isso, Marcelo Freitas, um dos sócios do empreendimento, estima que o parceiro precise de R$ 230 mil para começar o negócio.

A ideia de Freitas, um dos sócios do empreendimento, é levar para outras cidades a fórmula que garante à escola de música 315 alunos que aprendem do blues ao heavy metal todos os meses. Freitas começou a dar aulas para atender alunos que buscavam ambientes diferentes das escolas de música convencionais. “O mercado não estimula a criação de bandas, as aulas são individuais. Uma apresentação no fim do ano marca o aprendizado da turma. Aqui estimulamos a criação de uma carreira. O aluno é tratado como um rock star”, diz.

Essa observação das condições do mercado foi fundamental para desenhar a proposta da nova escola. Focado no clima rock, com a encomenda de facilitar a formação de bandas juvenis no radar, Freitas investiu em infraestrutura. A Academia tem estúdios para ensaio e gravação, além de todos os instrumentos e equipamentos necessários para a realização dos trabalhos. Ao longo dos quatro anos de atividade, o empresário já viu banda se formar, trocar de componente e acabar, repetindo a trajetória do meio musical.

Primeiro single

O tratamento de rock star é traduzido pela postura profissional do corpo técnico. Formada em jornalismo, Angélica Bueno, de 40 anos, está prestes a se lançar profissionalmente como cantora. E o empurrão do professor foi determinante para a nova fase. Depois de três anos de aulas de canto, Angélica começou a estudar violão em dezembro passado. Em menos de um mês, espera concluir a gravação do seu primeiro single, com o lançamento de duas músicas autorais.

Para dar conta, Angélica estica a agenda de mãe de uma menina de 15 e outro filho de 3 anos, a jornada de trabalho como assessora de imprensa e a rotina de ensaios, aulas e projetos musicais. “Canto desde criança e aos 40 anos entendi que minha paixão é a música”, diz.

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