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Investimento

Franqueado com jeito e cara de dono

Joaquin Presas e Leonardo Gomes, dois dos responsáveis pela vinda da Cold Stone para o Brasil: esforço redobrado que valeu a pena | Aniele Nascimento / Gazeta do Povo
Joaquin Presas e Leonardo Gomes, dois dos responsáveis pela vinda da Cold Stone para o Brasil: esforço redobrado que valeu a pena (Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo)

No sistema de franchising, o franqueado pode ser mais do que um parceiro comercial, responsável pela replicação de um modelo de negócios testado e padronizado. Ele também pode atuar como um autêntico franqueador, quando investe em uma marca como categoria master, garantindo exclusividade em uma região e com licença para prospectar novos empreendedores.

Essa forma de franquia pode ocorrer tanto com empresas nacionais que buscam mercado em novas regiões quanto com companhias estrangeiras, que querem entrar no mercado brasileiro. Esse é o caso de duas franquias recentemente abertas em Curitiba: a Cold Stone e a Inch of Gold.

O empresário Leonardo Ribas Gomes é um dos quatro sócios da franquia master de sorvetes da Cold Stone no Brasil. Ele já procurava uma marca para entrar no mercado local e chegou à empresa por intermédio da Embaixada Brasileira. "Com uma franquia simples, eu fico atrás do balcão, sem muita chance de crescimento. Como master franqueado, tenho mais oportunidades", conta Gomes, que já tinha experiência em franchising com o Franz Café.

Trazer a rede para o Brasil não foi tão fácil. Foram necessárias viagens, análises de viabilidade e um investimento de US$ 2 milhões. "É um grande desafio implementar toda a rede do zero. Precisa criar a logística, arranjar a rede de fornecedores locais, procurar os funcionários", comenta Gomes. Tanto que, apesar do contrato ter sido assinado em janeiro de 2011, as lojas começaram a operar no segundo semestre de 2012. A empresa está agora com a última etapa de certificação de um fornecedor e pretende em breve ter autorização para abrir as unidades pelo país.

Requisitos

Pesquisa, investimento e dedicação são essenciais para se tornar um franqueador master. Maria Alice Zattar Barbosa Mendes, dona da licença local da joalheria Inch of Gold, fez vários testes antes de trazer a marca para o Brasil. "Comprei algumas peças e fiz algumas vendas em eventos, para ver a aceitação do produto pelo público", conta. Além disso, foi conhecer em Dubai um modelo de franquia semelhante ao que queria montar.

Depois da decisão, passou por um longo processo de formatação do negócio. "Queríamos mostrar que as joias podem ter um preço acessível e atrairmos mais consumidores para o produto. Por isso optamos por pontos de venda em formato de quiosque nos shoppings", explica. Em março deste ano, a empresária abriu lojas próprias, mas estuda a ampliação por meio de franquias.

Para Maria Alice, a opção por uma franquia master foi acertada. "Há dois anos queria deixar o mercado financeiro e buscar um negócio próprio. Eu tinha consciência que se tivesse uma franquia eu estaria muito limitada. Com a master, consegui ter uma possibilidade maior".

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