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Grandes marcas oferecem franquias mais flexíveis para atrair investidores

Feira ABF Franchising  2016, realizada em São Paulo | Divulgação/Ale Meirelles/Studio F
Feira ABF Franchising 2016, realizada em São Paulo (Foto: Divulgação/Ale Meirelles/Studio F)

O ritmo menor de crescimento do franchising nos dois últimos anos fez com que grandes marcas repensassem os seus modelos de franquias e passassem a oferecer formatos mais econômicos e enxutos. São opções como lojas compactas, unidades móveis, quiosques e venda direta que surgem como alternativas para atrair investidores e manter as vendas aquecidas.

A tendência foi observada entre os expositores que participaram da Feira da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que aconteceu em São Paulo na última semana. Empresas como Cacau Show, Mundo Verde e Contém1g Make-up lançaram novos formatos durante o evento para atrair o franqueado que não tem dinheiro suficiente ou interesse em adquirir uma loja tradicional.

“Este cenário econômico e político está fazendo com que as pessoas cheguem com o pé no chão”, diz Fabiana Estrela, diretora da regional Sul da ABF. Ela explica que o movimento de multiformatos ganhou força nos últimos três anos e que a variedade está trazendo mais possibilidades de investimento e crescimento para as marcas.

O diretor de expansão da Mundo Verde, Saddy Nardino, afirma que a estratégia de oferecer formatos mais baratos é uma demanda dos próprios empreendedores, que estão mais cautelosos durante o momento de crise. Os modelos mais enxutos também funcionam como uma porta de entrada para pequenos investidores.

A Mundo Verde, maior rede de lojas especializadas em produtos naturais e orgânicos da América Latina, lançou durante a feira da ABF a loja compacta. O modelo exige investimento a partir de R$ 245 mil, enquanto a loja física tradicional requer um montante a partir de R$ 370 mil. A marca também está estudando lançar os formatos de quiosque e contêiner.

A Contém1g, rede de maquiagem, também lançou os formatos de quiosque e venda direta quando verificou a demanda dos empreendedores. “Antes, uma loja custava R$ 350 mil e o quiosque R$ 225 mil. Em fevereiro de 2014, sentindo que os grandes investidores estavam sendo afetados pela situação econômica do país, decidimos lançar um modelo de loja com investimento de R$ 235 mil e quiosque R$ 155 mil”, explica Andrei Corsato, franqueado da empresa em Curitiba.

Para o empreendedor, a vantagem de ter um formato mais simples é a flexibilidade. “Se não está dando certo, eu posso negociar o ponto em outro shopping. Se está dando certo, eu posso ir para uma loja maior”, explica Corsato.

O especialista em franquias Marcio Tadeu Aurelio, da Aurelio Luz Franchising & Varejo, explica que formatos como home office, microfranquias, móveis e store in store (loja dentro da loja) também são ideais para cidades menores ou regiões que não comportam lojas muitos grandes. Ele lembra que um formato que vêm ganhando destaque é o store in store, adotado pela Love Brands, por exemplo.

A rede oferece em um único espaço os produtos das marcas Imaginarium, Puket e Balonè. “Uma cidade que não comportaria uma loja de cada marca pode ter em um único espaço as três marcas juntas”, explica Aurelio.

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