Público em busca de negócios na feira da Associação Brasileira de Franchising| Foto: ABF/Divulgação

O aumento de renda da classe média e a interiorização dos shoppings permitiu uma dinâmica própria ao setor de franquias, que cresce, desde 2005, em patamares superiores a 10% ao ano, sucessivamente, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro alcançou, em seu limite, uma alta de 7,5%, em 2010. Como resultado, o país tem a maior feira de franquias do planeta, a ABF Franchising Expo, reúne 470 expositores e espera movimentar R$ 450 milhões em novos negócios – a feira acontece até o sábado em São Paulo.

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A presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Cristina Franco, salienta que o segmento vive um momento de maturidade, com solidez no crescimento. "Com Pibinho ou com Pibão, o setor de franchising continua crescendo. Hoje respondemos por 2,3% do PIB nacional, mas é possível crescer mais. O setor de franquias dos EUA, por exemplo, corresponde a 3,8% das riquezas. Somos uma indústria organizada, com muito potencial", analisa.

A retomada dos investimentos em novos centros comerciais por todo o país tem sido o motor da disseminação de novas unidades. O diretor administrativo-financeiro da ABF, Ricardo Camargo, pontua que os 57 shoppings que devem ser inaugurados no país nos próximos anos geram pelo menos 10 mil novos pontos de venda – o que significa de 5,5 mil a 6,5 mil novas unidades de franquias, já que 60% da área comercializada dos estabelecimento são preenchidas pelo segmento.

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"A elevação de renda nos últimos anos trouxe dois benefícios ao setor. A classe média é uma grande consumidora de produtos e serviços das franquias, mas também se tornou uma investidora. Somado a isso, a chegada de novos shoppings no interior mantém as boas perspectivas de crescimento", ressalta.

No ano passado, o faturamento do setor cresceu 16,2% em relação ao ano anterior, ficando na casa dos R$ 103 bilhões. Para este ano, o setor deve crescer 16%, segundo expectativas da ABF. Em julho, a taxa vai ser reavaliada, mas deve continuar entre 14% e 16%. "É um crescimento excelente, face às perspectivas econômicas do país", pondera Camargo.

* O repórter viajou a convite da ABF.

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