A empresa curitibana Snowman Labs encontrou mercado nas principais fragilidades de seus clientes. Especializada no desenvolvimento de soluções em aplicativos mobile, atende desde indústrias a startups que precisam automatizar algum processo interno ou de atendimento ao público. Em 2015, a companhia aumentou em 68% o seu faturamento e a expectativa é crescer ainda mais nos próximos anos, já que começou a exportar para os Estados Unidos e ficará incubada na University of Central Florida (UCF) até 2018.
A Snowman Labs nasceu da junção de duas startups em 2014 e desde então tem focado no desenvolvimento de aplicativos para médias e grandes organizações. A empresa toma ciência do problema do cliente e faz o projeto de um aplicativo que vai tornar o processo mais simples e ágil.
Entre os projetos de sucesso está um aplicativo para ajudar consultores de venda da Volvo durante feiras. Antes, todas as prospecções comerciais eram anotadas em blocos de papel, que precisavam ser repassados para o computador. Era comum, por exemplo, perda ou distorção de informações.
O Sebrae-PR também procurou a Snowman Labs para automatizar o trabalho dos consultores que participam do programa Negócio a Negócio. Antes, as informações dos clientes eram armazenadas no Excel. A planilha eletrônica foi aposentada e as informações coletadas durante as consultorias in loco passaram a ser alimentadas diretamente no aplicativo e sincronizadas com o sistema do Sebrae.
“O core business dessas companhias é fabricar e educar. Empresas que fazem tudo não existem mais. Elas focam em uma solução, no seu core business, e terceirizam para especialistas as demais atividades”, explica Danilo Brizola, um dos fundadores da empresa, que conta com 24 funcionários no Brasil.
Estados Unidos
Com a experiência no país, Brizola e Luís De Marchi, também fundador da empresa, buscaram a internacionalização. Após participarem de um série de missões e feiras no exterior , eles conseguiram o primeiro cliente nos Estados Unidos no início deste ano. Lá, eles prestam serviço de outsourcing, ou seja, são contratados por startups que não têm time próprio de desenvolvedores. Todo o serviço é prestado do Brasil.
E para facilitar a prospecção de novos contratos, e o próprio desenvolvimento da empresa, desde maio estão incubados na University of Central Florida (UCF). O período de incubação é de dois anos e inclui uma sala comercial e suporte técnico e jurídico da instituição de ensino.
“Quando chegamos lá, não somos ninguém. A partir do momento em que estamos dentro da UCF, que é a segunda maior universidade dos Estados Unidos, é diferente”, diz Brizola. A Snowman Labs tem duas pessoas trabalhando no escritório americano e a visita dos fundadores ao local é constante. São três clientes ativos nos Estados Unidos e outros dois contratos encerrados, que correspondem a 30% da receita da empresa.