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Infraero oferece até “test drive” para quem quiser abrir negócios no Afonso Pena

Novo espaço foi liberado para os passageiros no fim do ano passado | Antônio More/Gazeta do Povo
Novo espaço foi liberado para os passageiros no fim do ano passado (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

As obras de ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, deram uma cara nova ao local desde o início do ano – e acabaram abrindo as portas para empresários interessados em oferecer produtos e serviços aos passageiros. Atualmente, o aeroporto tem livre uma área de 4,7 mil metros quadrados, que pode ser usada para abrigar estabelecimentos comerciais.

A Infraero tem se esforçado para chamar a atenção para as oportunidades de negócios nos terminais, saguões e salas de embarque e desembarque, participando de feiras e eventos do setor de varejo. Além disso, a autarquia aumentou neste ano o número de ações promocionais feitas no Afonso Pena, para testar a receptividade de novos negócios – por meio destes contratos temporários, comerciantes podem locar um espaço do aeroporto por um período geralmente entre um e quatro meses, sem a necessidade de licitação.

Entre janeiro e agosto deste ano, o Afonso Pena recebeu 289 contratos deste tipo, um número 53% maior do que o registrado no mesmo período de 2015. As ações incluem, por exemplo, a instalação de quiosques e vending machines, e garantiram uma receita extra de R$ 2,09 milhões para a Infraero neste ano – a autarquia faz a precificação do espaço conforme a atividade e os interessados fazem um pagamento antecipado via boleto.

A intenção é que o empresário faça um “test drive” do negócio antes de participar de um processo licitatório oficial, por meio de pregão eletrônico, em que pode garantir a locação do espaço por até dez anos – e onde, naturalmente, os valores envolvidos são bem mais vultuosos. Hoje, o Afonso Pena tem 70 estabelecimentos comerciais “fixos”, como restaurantes, livrarias e lojas de roupas.

“Há uma tendência forte de que essas ações promocionais eventuais se transformem em negócios com um período de vigência estabelecido. É uma maneira do empresário testar o mercado e o segmento do negócio, por meio de uma degustação e exposição de seus produtos”, afirma o superintendente do aeroporto Afonso Pena, Antonio Pallu.

Ampliação

As obras do novo terminal de passageiros do Afonso Pena aumentaram a capacidade do aeroporto de 8,5 milhões de passageiros por ano para 14,8 milhões de passageiros por ano – ao todo, o investimento na ampliação foi de R$ 267,1 milhões.

As obras liberaram mais espaço para os usuários e, a reboque, trouxeram a percepção de que ainda há muitas áreas ociosas. De fato, com a ampliação a área bruta locável (jargão utilizado pela Infraero para se referir ao espaço que pode ser cedido a terceiros) aumentou de 5 mil metros quadrados para 9,6 mil metros quadrados – deste total, apenas 4,9 mil metros quadrados estão hoje devidamente ocupados.

O desafio, agora, é convencer os empresários de que vale a pena ocupar as áreas livres. “A Infraero também existe para explorar comercialmente os terminais. E temos várias vantagens. Os aeroportos têm uma população fixa que também podem usar esses serviços e produtos. Os passageiros que transitam por ali têm um grande poder de compra, o que possibilita um retorno rápido ao investimento. Além disso, um negócio em um aeroporto tem uma concorrência menor do que em um shopping center, por exemplo”, reforça Pallu.

Empresários interessados em abrir negócios em aeroportos geridos pela Infraero podem fazer um cadastro e acompanhar as licitações em andamento pelo site oficial da autarquia.

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