A falta de capital para comprar equipamentos e produtos que serão utilizados por um período determinado abre espaço para o setor de locação, um mercado que tem crescido e oferecido diversas opções para o empreendedor, tanto para o atendimento de empresas quanto pessoas físicas. Além das tradicionais imobiliárias, as possibilidades vão desde a locação de móveis para festas e equipamentos para a construção civil até o empréstimo de aparelhos eletrônicos para profissionais liberais.
NICHOS
Os negócios ligados ao setor de locação vão desde imóveis a produtos e equipamentos. Confira algumas oportunidades:
Construção civil
Locação de equipamentos para construtoras e incorporadoras.
Consumidor final
Aluguel de roupas, máquinas de cortar grama, aparelhos ortopédicos, entre outras opções para pessoas físicas.
Escritórios
Locação de equipamentos para escritórios, como impressoras e mesas.
Eventos
Objetos de decoração e móveis para festas, casamentos e eventos corporativos.
Indústria
Aluguel de máquinas e de outros equipamentos para o setor industrial.
O sócio consultor da GGV Consultoria Empresarial, Geraldo Hisao, afirma que, em um período de recessão econômica, imobilizar capital em estoque custa muito caro para as empresas. “Quando você aluga, você tem só o custo mensal. Não precisa gastar com a compra do produto e com a manutenção”, diz. O mesmo vale para as pessoas que precisam de determinado produto por um curto período de tempo.
Esses fatores facilitam a atração dos clientes para quem empreende no segmento, mas, por outro lado, não são suficientes para garantir o sucesso do negócio. “O empresário precisa ter consciência que a empresa não vende um produto. Ele oferece um serviço. Tem que agregar valor, como prestar manutenção e suporte. Isso faz aumentar o ticket médio”, diz Hisao.
Diferencial
Agregar valor no segmento de locação de equipamentos para o setor de construção civil foi o foco da Rent It. A empresa curitibana, criada ano passado, trabalha com produtos de ponta e presta serviços de manutenção e suporte, inclusive no fim de semana.
O negócio surgiu inicialmente para atender uma demanda interna. A outra empresa do grupo, que atua com manutenção e reformas, precisava alugar equipamentos, mas não era bem atendida pelos seus fornecedores. A solução foi lançar uma locadora para atender a própria demanda.
“Percebemos que as construtoras não têm interesse em investir em máquinas e equipamentos, que geram custo de manutenção e imobilizam capital. Acredito que o setor trabalha com 90% dos equipamentos locados, o que mostra que temos bastante espaço para crescer”, diz Bruno da Silva, sócio diretor da Rent It.
PRÓS
Uma das vantagens para quem pensa em empreender em locação é o baixo investimento. Não é necessário aplicar muito dinheiro em espaço físico e em um ponto bem localizado, já que o foco é o serviço no endereço do cliente. Também não é preciso comprar muitos produtos logo de início – o ideal é acompanhar a demanda para que o próprio faturamento pague os custos com o estoque.
CONTRAS
Os desafios de empreender no setor incluem manutenção e a necessidade de ter uma equipe só para gerenciar o estoque. Há também o risco de perder o capital, caso alguém estrague a máquina ou suma com o produto – por isso é essencial sempre recorrer a um seguro. O empreendedor precisa, ainda, estar atento à precificação para ter uma margem de lucro satisfatória.
Empreendedores apostam em nichos para ganhar mercado
Uma das principais dicas para quem pensa em abrir um negócio no setor de locação é escolher um nicho específico de atuação, reforça o consultor Geraldo Hisao. Foi o que fizeram as sócias da Madera Locação de Mobiliário de Estilo, que lançaram em 2010 a empresa especializada em locação de mobiliário feito exclusivamente em madeira para festas e eventos corporativos.
Como atuava com a venda de móveis de madeira, Melissa Soares da Costa decidiu expandir os negócios e entrar no setor de locação. Em pouco tempo, ela e suas sócias perceberam que a locação era mais rentável. “Quando começamos, também não havia nenhuma empresa em Curitiba com foco exclusivo em mobiliário de madeira”, avalia Tângria Pavesi, sócia da empresa.
Outro exemplo curitibano é a Implement, empresa que aluga tablets e outros equipamentos eletrônicos. Com dois iPads na mão, os sócios Fernando Baggetti e Victor Coelho foram até possíveis clientes para testar a aceitação do produto. Com o sinal positivo, lançaram em 2012 a locadora.
Ao perceberam a boa procura, passaram a agregar outros aparelhos. Começaram a oferecer aplicativos, totens e drones, além do suporte para o uso. Em 2015, faturaram cerca de R$ 100 mil atendendo, principalmente, eventos corporativos e campanhas de marketing promocional, e abriram uma filial em São Paulo.
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