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Lojas virtuais trazem a reboque vários custos para saírem do papel

Evelise Trombini, da Rêve: marca estreou há um ano na internet e segue aperfeiçoando plataforma. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Evelise Trombini, da Rêve: marca estreou há um ano na internet e segue aperfeiçoando plataforma. (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

Apesar da retração na economia, o e-commerce espera crescer 15% neste ano, atingindo um faturamento de R$ 41,2 bilhões –só no primeiro semestre, o setor faturou R$ 18,6 bilhões, segundo a consultoria E-bit. Os bons números têm chamado a atenção dos pequenos empresários, que cada vez mais se aventuram no mundo das vendas on-line, em busca de um aumento no faturamento. É preciso, porém, ficar atento às armadilhas e requisitos para se dar bem na internet.

A empresária Evelise Trombini, proprietária da Rêve – marca curitibana que confecciona e vende roupas femininas – lançou no final do ano passado sua loja virtual, com um investimento de R$ 10 mil. Com quase um ano de funcionamento, a plataforma representa 0,8% do faturamento ao mês.

Para a aposta decolar de vez, Evelise avalia que é necessário tornar a navegação no site mais fácil e pagar anúncios em redes sociais. “Neste momento de crise, não tenho como investir. No site, por exemplo, não há opção de zoom porque é muito caro. A solução foi tirar fotos aproximadas, para mostrar os detalhes de cada peça”, diz.

As principais vantagens para quem vende on-line são a ampliação da área de atuação e uma maior divulgação da marca. Com um comércio virtual, o empreendedor tem a sua loja aberta durante 24 horas por dia e consegue vender para qualquer pessoa do mundo, se investir em logística. A empresa pode colocar à disposição dos clientes catálogos e focar nos diferenciais dos produtos e serviços que comercializa. Além disso, consegue diagnosticar o perfil de cada usuário e investir em ações de marketing para maximizar os resultados.

Custos

Se há benefícios para quem se aventura no mundo digital, há também custos (e muitos). Entre os principais gastos que o empresário terá estão a compra de um domínio da internet, a contratação de uma empresa para fazer a plataforma e o custo de manutenção do e-commerce, que inclui o pagamento mensal para hospedar o site e, dependendo do contrato, porcentagem sob a venda. É preciso arcar ainda com a aquisição e manutenção de estoque, além do lugar para guardar as mercadorias, os custos de entrega dos produtos e as fatias das plataformas de pagamento, que no caso do Pagseguro e do Paypal cobram quase 10% sobre cada venda realizada.

Para o CEO e fundador da Contabilizei, Vitor Torres, é essencial mapear os custos, principalmente com fornecedores. O ideal é que o empresário tenha um capital de giro para sustentar o negócio até que as primeiras vendas caiam na conta. Normalmente, um e-commerce demora quatro meses até dar resultado, período que é necessário para testar a aderência do projeto.

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