Apesar de o número de hostels credenciados junto ao Ministério do Turismo ainda ser pequeno, o segmento vai aos poucos ganhando adesão ao profissionalizar o atendimento. Em Curitiba existem 14 estabelecimentos presentes em sites de avaliação, o que demonstra o crescimento de um formato praticamente inexistente há cinco anos.
Os hostels – antes conhecidos como albergues – são uma opção econômica de hospedagem. Os estabelecimentos oferecem quartos coletivos, suítes, banheiros privativos e compartilhados, cozinha e áreas de serviço e lazer comuns a todos. A filosofia é proporcionar às pessoas uma experiência completa de viagem.
Na visão da consultora e gestora dos projetos de turismo do Sebrae-PR, Patrícia Albanez, o número de hostels está crescendo por dois fatores: mudança de comportamento da sociedade e surgimento de sites especializados.
Ela explica que há uma predisposição da sociedade com a ideia de compartilhar coisas e consumir diferentes experiências em hospedagens. O segundo motivo é que antes de existir plataformas como TripAdvisor e Booking.com, o público só confiava nos hostels cadastrados no Hostelling International (organização internacional que cadastra e fiscaliza hostels), o que limitava bastante a procura.
Outra característica do mercado é a recente profissionalização no atendimento ao hóspede. Muitos estabelecimentos oferecem site próprio, recepção 24 horas, equipe multilíngue, internet e café da manhã grátis. As diárias são democráticas e partem de R$ 40.
Estilo vintage
É o caso do Motter Home Curitiba Hostel, inaugurado em 2012. Desde o início, a proprietária e turismóloga Aline Motter focou em criar um negócio que fosse viável economicamente. Primeiro foi feito o credenciamento no Cadastro dos Prestadores de Serviços Turístico (Cadastur) do Ministério do Turismo. Depois foi contratada uma equipe de profissionais para reformar o imóvel alugado no bairro Mercês.
O resultado foi um hostel com estilo vintage e inspirado nos anos 50. Segundo Aline, o foco do negócio é oferecer um serviço individualizado, de acordo com as necessidades de cada cliente. O investimento de R$ 150 mil deve ser recuperado até 2017. Por ora, a empresária garante que a experiência tem sido positiva.
Para a Hostelling International Paraná, a Copa do Mundo impulsionou o surgimento de novos meios de hospedagem em Curitiba, mas muitos estão fechando porque não há demanda para todos. Permanecem no mercado aqueles que são mais profissionais.