![Mercado modelo estuda estímulos ao consumo A professora Fabíola Paes no Laboratório de Varejo: estrutura permite simular teorias de marketing | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/11/004af7c24a45667cf65caaeb0a7d087a-gpLarge.jpg)
Experiência
Câmeras e sensores vão monitorar reações dos clientes
Uma das novidades aplicadas no Laboratório de Varejo da UP é o sistema de monitoramento do comportamento do consumidor. Para isso, são usados sensores e câmeras da empresa paulista Seed, estrategicamente posicionados para obter dados da passagem de um consumidor pelo espaço.
Com essa ferramenta, é possível registrar o fluxo de pessoas, sexo, faixa etária e quais são as áreas mais frequentadas. As informações são enviadas para uma plataforma online e usadas na análise de comportamento do consumidor no espaço de compra.
"Quando essas variáveis são comparadas às vendas, o gestor passa a entender as condicionantes que geram ou prejudicam a performance do negócio em tempo real", explica Francisco Forbes, fundador da Seed. Entender esses processos e poder mudar de estratégia de vendas se torna um grande diferencial competitivo no varejo.
A Seed tem cerca de 800 câmeras instalada em shoppings, concessionárias de veículos e lojas de redes, a grande maioria em São Paulo. A empresa comercializa o serviço, por meio de uma mensalidade paga pelo estabelecimento. Além da parceria no Laboratório de Varejo, Forbes será professor da cadeira de tecnologia do MBA em Gestão de Varejo e Shopping Centers da universidade.
Saber como se comportam os consumidores em uma loja é uma das chaves para se vender mais. Para simular o modo como os clientes respondem a estímulos visuais, auditivos e olfativos, a Escola de Negócios e Comunicação da Universidade Positivo (UP) inaugurou ontem, em Curitiba, o Laboratório de Varejo, uma espécie de mercado modelo para treinamento dos estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação da instituição.
O ambiente de 100 m² permite experimentos com layout e exposição de produtos, iluminação, climatização, música ambiente e técnicas de marketing, entre outros. "Os alunos terão a oportunidade de simular e testar na prática as teorias que aprendem. A ideia é prepará-los para os problemas que encontrarão no mundo real", explica a professora Fabíola Paes, coordenadora do Laboratório de Varejo da UP. O centro de pesquisa conta com uma sala de aula conjugada. A estrutura é montada por mockups moldes que podem ser facilmente realocados para se adaptarem às diferentes pesquisas.
Experiências
Fabíola conta que esse tipo de experimento simulado ainda é raro no Brasil. Segundo ela, apenas a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo, tem um laboratório de varejo o Retail Lab da ESPM funciona desde 2005.
Para tornar esse projeto realidade, a UP contou com a cooperação técnica de entidades como Fecomércio, Sebrae, Sindicato do Comércio Atacado de Gênero Alimentício do Paraná (Sinca-PR) e da rede de supermercados Condor.
Para Paikan Solomon de Mello e Silva, assessor da presidência da Fecomércio, o laboratório ajuda a suprir a necessidade de mão de obra mais qualificada para o setor.
Uma das vantagens do espaço é permitir o teste de soluções que poderão depois ser usadas como um diferencial para competir no mercado. É o caso, por exemplo, do uso de softwares para pesquisa de comportamento de consumidores ou o self checkout, em que os consumidores pagam pela compra de maneira autônoma, sem a necessidade de um caixa.
Marketing olfativo
O marketing olfativo, técnica que incentiva o consumo por meio do uso de cheiros, ainda é pouco explorado no Brasil. "A pesquisa no setor é muito importante. Por exemplo, é possível ver os efeitos do cheiro de pão nas vendas da panificação. A intenção dessas pesquisas é achar maneiras de aumentar o valor médio das vendas", explica Paikan Salomon de Mello e Silva, assessor da presidência do Fecomércio.
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