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Microempreendedor terá juro menor

 | Arquivo/ Gazeta do Povo

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem que a taxa de juros do Programa Crescer, voltado a microempreendedores, vai baixar de 8% para 5% ao ano no fim do mês. Com essa taxa, inferior à inflação anual (hoje acima de 6%), o programa passa a ser um dos mais atraentes para os empreendedores.

Para facilitar o acesso ao crédito, disse Dilma, o governo alterou regras do Programa de Operações de Microcrédito Produtivo Orientado (Crescer), que concede financiamento, por meio de bancos públicos, de até R$ 15 mil a microempreendedores individuais – profissionais que trabalham por conta própria e se formalizaram como pequeno empresários. Além dos juros, é cobrada Taxa de Abertura de Crédito (TAC) de 1%.

Podem aderir ao programa donos de pequenos negócios que faturem até R$ 60 mil por ano. O registro é feito pelo site www.portaldoempreendedor.gov.br. Ela destacou que se houver expansão do negócio e o empreendimento mudar de perfil, o apoio de programas de incentivo à atividade será mantido. "Mais de 50 mil microempreendedores individuais já se tornaram microempresários, mas não perderam nosso apoio", disse.

Outras linhas

A Gazeta do Povo analisou outras cinco linhas de financiamento destinadas aos pequenos negócios. Com a queda na taxa de juros, o Programa Crescer passa a ser mais barato que o Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Brasil (antes tinham a mesma taxa) e que os programas Microcrédito da Fomento Paraná e Banco do Empreendedor Micro e Pequenas Empresas.

Até então as melhores taxas eram as dessas duas últimas linhas, de 6,8% ao ano – juro cobrado de empresários que tenham participado de cursos de capacitação, paguem em dia as prestações e tenham mantido ou aumentado o número de funcionários durante o financiamento. Caso não cumpra uma das três exigências, a melhor taxa para o empreendedor nessas linhas é de 11,8% ao ano.

Inflação está controlada, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff disse ontem que o país tem juros em nível civilizado e que a inflação está sob controle.Recentemente o IPCA acumulado em doze meses chegou a 6,59%, ultrapassando o teto da meta (6,50%) fixada pelo governo. A taxa básica de juros da economia chegou a 7,5% ao ano, após alta de 0,25 ponto porcentual em abril.

Dilma afirmou que o governo tem a decisão sistemática de cortar impostos e que o Brasil se beneficia da mais baixa taxa de juros de sua história. Procurou passar confiança aos empresários ao afirmar que "nós não quebramos quando a crise estoura lá fora", referindo-se às turbulências internacionais.

Dilma voltou a falar sobre a importância da aprovação da Medida Provisória dos Portos, em análise no Congresso. Disse que a medida "é essencial para quebrar monopólios e garantir a eficiência da logística no país".

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