Viralizou em 2012 um vídeo da apresentadora Ellen DeGeneres ridicularizando a ideia de uma caneta “para mulheres” apresentada pela marca Bic naquele ano. Não só ela: diversos grupos, especialistas, marqueteiros e clientes fizeram questão de frisar os problemas da existência desse produto, tanto que ele virou uma peça exposta no Museum of Failure (algo como “Museu do Fracasso”, em português), aberto no dia 7 de junho em Helsinborg, na Suécia.
Quer inovar por cem anos? Olhe menos para o “café” e mais para a “cozinha”
A ideia não é ridicularizar os itens expostos. Mas refletir, a partir dos mais de 60 objetos em exposição, sobre os riscos da inovação. Muitos insights trazem mudanças de paradigma no mundo dos negócios. Outros são grandes apostas (e viram grandes fracassos).
O curioso é que alguns dos objetos expostos entraram para o hall de fracassados. Mas, mesmo assim, foram a semente para inovações gigantescas que vieram na sequência. Um exemplo é o Apple Newton, que naufragou (mas abriu espaço para iPods e iPhones).
Leia mais sobre Empreendedorismo na Gazeta do Povo
Gratuito, o museu tem curadoria de Samuel West, e oferece, além de visitas guiadas, workshops sobre aprendizagem a partir do fracasso e a necessidade de inovação.
Confira 9 dos fracassos expostos no museu:
Bic for her (2012)
Basicamente, canetas em embalagens cor de rosa. Embora ainda exista a linha de canetas “for her”, esse produto trouxe repercussão extremamente negativa acompanhada de muito sarcasmo e acusações de machismo.
Esse dispositivo da Apple era um “message pad”, quase um palm-top, e custava US$ 699 – valor que corresponderia, ajustando pela inflação, a US$ 1.178 atualmente. Fez pouco sucesso, mas pode ter servido como inspiração para a criação dos iPhones e iPads.
Google Glass (2013-2015)
Talvez o Google ainda tenha planos para seus óculos inteligentes, mas, por enquanto, a curadoria do museu sueco acredita que o produto descontinuado em 2015 seja apenas mais uma má ideia – ou má execução. A página oficial do gadget atualmente dá o recado “obrigado por explorar conosco, a jornada não termina aqui”. Será?
Nokia N-Gage (2003-2005)
Criado para desafiar o Game Boy, da Nintendo, as críticas a esse produto diziam respeito principalmente a seu design e disposição dos botões.
Perfume Harley Davidson (1996)
Apelidado “Hot Road”, o perfume com notas amadeiradas e leve cheiro de tabaco não fez muito sucesso entre consumidores.
Kodak DC40 (1995)
Não é segredo que a Kodak não soube se aproveitar da revolução digital no audiovisual. Em 2012, a empresa faliu, levando consigo um lançamento fraco de sua câmera digital, a DC40.
Sony Betamax (anos 1970)
Melhor e mais rápido que o gravador de videocassete, esse aparelho prometia, mas não cumpriu. A Sony talvez não tenha sabido competir com o mercado de locação de vídeo.
Lego Fiber Optic (1996)
Kits de Lego em meados dos anos 90 vinham com tubos transparentes que se iluminavam, conectados a uma bateria. Divertido, mas fabrica-los custava mais do que o preço pelo qual o brinquedo inteiro era vendido.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast