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Negócios no mercado esportivo surfam na onda saudável

Adepto do montanhismo, Edemilson Padilha abriu uma empresa de artigos para a prática do esporte que fatura R$ 5 milhões por ano. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Adepto do montanhismo, Edemilson Padilha abriu uma empresa de artigos para a prática do esporte que fatura R$ 5 milhões por ano. (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

A preocupação cada vez maior com a saúde e a alimentação está fazendo bem a negócios ligados ao esporte. Um mercado que segue aquecido, apesar da crise, e que encontra espaço tanto na oferta de produtos e serviços para atletas profissionais quanto para amadores.

As possibilidades vão desde as tradicionais academias de ginásticas até a prestação de serviços mais especializados, como alugueis de quadras e consultorias para quem pratica atividades físicas, além da produção de artigos esportivos, como uniformes, bolas, troféus, etc.

Apesar de não haver dados consolidados no Brasil, a coordenadora do Núcleo de Marketing Esportivo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Clarisse Setyon, estima que o setor represente 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

As áreas de maior crescimento, segundo a especialista, são as prestadoras de serviços, como agências de turismo, promotoras de eventos e empresas de gestão de carreira de atletas.

A saúde está em alta, mais e mais pessoas estão fazendo atividades físicas. É uma área muito aquecida e menos afetada pela crise porque saúde não é algo supérfluo.

Rodrigo Viana, consultor do Sebrae-PR.

A Trainer Assessoria Esportiva é um exemplo de como o esporte é uma boa oportunidade de negócio.

Há 12 anos, o personal trainer Fábio Tchê percebeu que quase não existiam empresas especializadas em prestar consultoria para quem pratica corrida de rua em Curitiba, mesmo com a grande procura na academia em que dava aulas.

Ele contou a ideia de montar o negócio a alguns alunos e, com o retorno positivo, criou a empresa que conta hoje com 470 clientes, muitos desde o início do empreendimento, em 2003.

O empresário não revela o faturamento, mas afirma que a empresa continua crescendo, mesmo com o aumento do número de concorrentes nos últimos anos. São 13 profissionais que atendem os alunos – normalmente pessoas da classe A e que com faixa de idade entre 35 e 40 anos.

O caso dele reflete um padrão comum a quem inicia um empreendimento ligado a esportes: ter algum vínculo com a área e enxergar no setor uma oportunidade de empreender.

Como o empresário Edemilson Padilha, de 43 anos, que está por trás de uma das principais fábricas de artigos para montanhismo do país. O negócio começou informalmente há 25 anos quando ele encontrou dificuldades para comprar itens necessários à prática da atividade. O jeito foi aprender corte e costura e começar a fazer os próprios objetos que levava para subir montanhas.

Um ano depois, o negócio foi formalizado e virou a Conquista Montanhismo. A empresa, com sede em Campo Largo, emprega 70 pessoas e fabrica 6 mil itens por mês, entre peças de vestuário e acessórios que são revendidos para lojistas. O faturamento é de R$ 5 milhões por ano.

Prática esportiva

O consultor do Sebrae-PR, Rodrigo Viana, explica que o universo econômico da prática esportiva divide-se em dois grande blocos – alimentação e esportes – e que o foco de ambos é trabalhar com o conceito de saúde. “A saúde está em alta, mais e mais pessoas estão fazendo atividades físicas. É uma área muito aquecida e menos afetada pela crise porque saúde não é algo supérfluo”, explica.

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