O setor de franquias sentiu os efeitos da crise e cresceu apenas 8,3% em 2015, valor abaixo da inflação acumulada no período – de 10,67% –, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). A taxa de crescimento é a menor dos últimos quatro anos, o que demonstra a desaceleração do setor. Em 2012, por exemplo, o setor havia crescido 20,7%. Em 2013, a alta foi de 10,2% e, depois, caiu para somente um dígito em 2014, ao avançar 8,9%.
A ABF não divulga o faturamento ajustado à inflação. Em 2015, o faturamento nominal do setor atingiu R$ 139,593 bilhões ante os R$ 128,876 bilhões registrados no ano anterior. Apesar do valor bruto do faturamento ser superior, o crescimento de 2015 em termos percentuais foi inferior ao registrado em 2014.
Com relação ao número de novas unidades em funcionamento, houve um aumento de 10,1% em relação a 2014, ao atingir o total de 138.343 lojas em operação. Com o movimento de abertura e fechamento de pontos de venda ao longo de 2015, o saldo foi de 12.702 novas unidades franqueadas.
Em 2015, 131 novas marcas de diferentes segmentos iniciaram operações de franchising. Segundo dados apurados pela ABF, existem 3.073 marcas em operação no país, número superior em 4,5% ao registrado em 2014. Dessas, 95% são de origem nacional.
Capilaridade
Entre os destaques positivos do setor, está a maior capilaridade das redes, dentro e fora do país. De acordo com a pesquisa, a presença do franchising nos municípios brasileiros atingiu 40% no ano passado, ante a 37% em 2014. O crescimento do setor se deu de maneira mais acentuada nas regiões Nordeste e Centro-Oeste e chegou com maior intensidade a cidades com menos de 50 mil habitantes.
Os dados também mostram a busca pela internacionalização. No ano passado, 28 novas marcas iniciaram a atividade fora do Brasil, totalizando 134 redes com presença no exterior. O mercado mais procurado continua a ser os Estados Unidos, com 37 marcas, seguido de Paraguai (25), Portugal (21), Argentina (16) e México (13).