Maurílio de Almeida Coutinho ou, simplesmente, Tio da Pipoca. A vida desse empreendedor de 46 anos, natural de Linhares, região norte do Espírito Santo, mudou drasticamente por conta de um problema familiar. Ele ganhava a vida como motorista profissional e viajava a trabalho constantemente, mas se viu obrigado a procurar uma ocupação que lhe permitisse ficar mais tempo junto aos familiares. Foi quando surgiu a ideia de investir no ramo alimentício.
Ele conta que começou de forma bem simples, com um carrinho comum, do tipo que se encontra em qualquer esquina de grandes cidades. Percebendo a forte concorrência, Maurílio viu que era necessário ter um diferencial e se espelhou em um pipoqueiro bem-sucedido atendido pelo Sebrae: o Valdir da Pipoca, já conhecido nacionalmente.
No Sebrae no Espírito Santo, o empreendedor conheceu as vantagens da formalização e tornou-se um Microempreendedor Individual (MEI). Ele diz que passou a gastar menos com a aquisição de materiais, já que agora possui Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); tem direito a benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente, pensão por morte e auxílio-reclusão; e ainda pode contratar um funcionário que, no caso, é o próprio filho.
Após formalizar-se, Maurílio investiu R$ 10 mil em um carrinho totalmente diferente. Para garantir ótimas condições de higiene, o carrinho conta com lavabo, sabonete, álcool em gel e papel toalha. Ele e seu ajudante trabalham totalmente uniformizados. Interessado, o empreendedor foi atrás da opinião dos clientes e conseguiu mais ideias sobre como melhorar o seu negócio. "Eles sempre pediam mais sabor na pipoca, então hoje eu tenho mais de dez sabores diferenciados. Tem de queijo, molho, manteiga, catchup, bacon, sal especial, grill. Enfim, temos pipoca para todos os gostos".
