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PR tem 11 empresas entre as 100 pequenas e médias que mais crescem no país

Socios na construtora Pride, Thiago Thibes e os irmaos Leandro e Leonardo Manenti | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Socios na construtora Pride, Thiago Thibes e os irmaos Leandro e Leonardo Manenti (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

O Paraná é sede de 11 das 100 pequenas e médias empresas que mais cresceram no país nos últimos três anos. São companhias que, apesar de pressionadas pela variação do câmbio e aumento da inadimplência dos clientes e dos preços dos fornecedores, conseguiram manter taxas de crescimento de dois a três dígitos entre 2013 e 2015.

Os dados fazem parte da 11.ª edição da pesquisa “As PMEs que mais crescem no Brasil”, divulgada pela Deloitte na última quinta-feira (8). O levantamento classificou empresas em fase operacional no país há mais de cinco anos que possuíam receita líquida entre R$ 5 milhões e R$ 450 milhões em 2015. O ranking foi elaborado a partir da taxa de crescimento das companhias no período de 2013 a 2015.

Para ter resultados acima da média, as empresas presentes no ranking investiram em tecnologia, lançaram novos produtos e reduziram custos. Segundo a pesquisa, 88% implantaram metas para redução de gastos, 83% adquiriram máquinas e equipamentos, 83% lançaram novos produtos ou serviço e 75% realizaram investimento em softwares.

Um exemplo é a paranaense Dexter Latina, indústria química especializada em inseticidas e controle de pragas, que ficou na 6.ª colocação estadual e na 44.ª posição nacional, após crescer 66% entre 2013 e 2015. A empresa tem como diferencial o lançamento constante de novos produtos no mercado. São 45 itens no portfólio e mais 30 em estudo, liderados pela equipe própria de pesquisa e desenvolvimento (P&D), formada por oito pessoas.

“No ano passado também investimos em logística e armazenamento, com a verticalização do estoque, e estamos sempre atualizando o parque fabril”, afirma Ricardo Frederico, diretor comercial da empresa. Para isso, a indústria busca linhas públicas de financiamentos.

Outras características comuns às empresas que mais crescem são o foco na atividade principal do negócio (87%), renegociação com fornecedores (74%) e terceirização de atividades (60%). Foi o que fez a Construtora Pride, pequena empresa que mais cresceu no Brasil, após a receita líquida saltar de R$ 1 milhão em 2013 para R$ 7,8 milhões em 2015.

O negócio começou em Curitiba quando os sócios Leandro Manenti, 31 anos, Leonardo Maneti de Souza, 31, e Thiago Thibes, 32, se uniram para criar uma construtora focada em atender a faixa dois do programa Minha Casa, Minha Vida. “Estudamos o mercado e apostamos na faixa dois do Minha Casa, Minha Vida, que é a linha menos afetada pela crise, pois os recursos vêm do FGTS, que está dando lucro”, explica Souza.

Os sócios projetaram a empresa para fugir das altas taxas de juros dos bancos. O negócio é financiado a partir de dinheiro de investidores, que fecham contratos de sociedade em conta de participação. No início, os investidores eram parentes e amigos. Hoje, já somam mais de 80 pessoas. Outro diferencial da Pride é a negociação para compra dos terrenos. “Oferecemos um preço de 10% a 15% mais barato porque negociamos bem a compra da área e temos poucos funcionários”, diz Souza. São oito pessoas na equipe, sem contar os três sócios.

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