Se fosse possível contratar empreendedores, esse seria um anúncio de empregos em 2020. Isso porque as projeções de trabalho do tipo "carteira assinada" vão reduzir nas próximas décadas, como aponta o estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), World of Work Report 2013, ao trazer as informações como que o número de desempregados em todo o mundo em 2018 chegará a 208 milhões, contra os 200 milhões da atualidade; que nos últimos cinco anos a incidência de desemprego de longa duração (acima de 12 meses) aumentou em 60% em países desenvolvidos e emergentes; e que, seguindo as tendências atuais, as taxas de emprego em países emergentes e em desenvolvimento vão retornar aos níveis de 2008 (pré-crise) apenas em 2015, enquanto nos países com economias avançadas somente em 2018.
Ainda que a realidade brasileira atual seja de baixas taxas de desemprego, a tendência da próxima década é a redução das vagas de trabalho tanto no Brasil como nos demais países. O cenário futuro aponta uma população com melhor nível educacional, porém com uma disponibilidade de emprego menor.
Neste cenário as respostas da questão "trabalho" vão passar necessariamente pela abertura de um negócio próprio, especialmente para a população mais jovem. Se hoje em nossos círculos de relacionamentos a existência de amigos ou parentes empreendedores não seja tão comum, no futuro essa figura será bem mais usual.
Considerando que empreendimentos de sucesso dependem de melhorias no ambiente de negócios (educação, redução das burocracias, acesso a capital, formação empreendedora entre outros) é fundamental que a sociedade brasileira, desde governos à indivíduos, assumam hoje uma atitude empreendedora a fim de se preparar para o cenário de emprego do futuro.