Depois de algum sucesso no ramo das paletas, o empresário Everson Ceschin resolveu apostar suas fichas no sorvete de nitrogênio. No final de 2015 abriu uma loja de sobremesas que tem a iguaria como carro-chefe, em Curitiba. “Bombou”. A Dr. Freeze fechou 2016 com faturamento de R$ 6 milhões, e neste sábado (8) abre sua primeira loja na Flórida, nos Estados Unidos.
O lançamento faz parte de um projeto de expansão pelo sistema de franquias. Nos próximos meses, a Dr. Freeze deve lançar pelo menos 12 unidades nacionais, além de mais uma nos EUA, na Califórnia. A meta é, pelo menos, triplicar a operação, até o final deste ano.
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A Dr. Freeze bebeu na fonte de “vender uma experiência” para o usuário. Para começo de conversa, a loja tem um cheiro próprio, que remete a doces. A decoração remete a algum tipo de ficção científica despojada, mesclando tubos metálicos a tons de roxo, com personagens próprios da franquia.
A marca ainda surfa na onda da novidade. Nos finais de semana de calor, a fila para conseguir uma sobremesa na loja da matriz, em Curitiba, pode chegar a 40 minutos, devido à alta procura.
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Só que o fator novidade pode ser uma armadilha. Muitas empresas novas naufragam justamente por não saber como trazer o cliente numa segunda ou terceira vez, e ganhar a sua lealdade. Por isso, Everson vê a diversificação como “nossa grande carta na manga”.
Pelo menos 50 produtos foram lançados em 2016, e neste ano o número deve passar dos 60. Entre eles os bolos no pote to go (para levar).
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Os dados indicam que a política está surtindo efeito. Os sorvetes de nitrogênio, que renderam a fama à Dr. Freeze, hoje representam 15% das vendas, atrás dos bolinhos (20%). Hoje, metade das vendas da marca é garantida pelas taças doces, que foram grande sucesso no último verão.
Investidores
Mesmo atuando no setor de franquias, Everson Ceschin não tem planos de sair abrindo lojas a torto e a direito. Até pelo custo de abertura do seu negócio (R$ 550 mil a R$ 1 milhão), seus parceiros comerciais são empreendedores já um tanto amadurecidos, que buscam diversificar negócios e entrar na área de alimentação.
Caso da loja na Flórida, franqueada por um empresário brasileiro que mora nos EUA. No Rio de Janeiro, o investidor tem planos de abrir 10 lojas nos próximos três anos.
Há um certo rigor, que tem como objetivo preservar a marca. Além do acompanhamento remoto (por email, WhatsApp e afins), os franqueados recebem visitas presenciais 45 após a abertura da loja, nos 45 seguintes; e, depois, periódicas, a cada três meses.
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