E se você tivesse que ter uma ideia, prová-la útil e necessária, desenvolvê-la e apresentá-la como projeto viável e executável, tudo isso em apenas 54 horas? Esse foi o desafio proposto pelo Startup Weekend Curitiba, evento organizado pela Universidade Positivo em parceria com a Copel Telecom que reuniu mais de 150 participantes entre sexta-feira (3) e domingo (5).
Durante três dias, mais de 54 ideias foram apresentadas. Dessas, 21 foram escolhidas para serem desenvolvidas por equipes multidisciplinares formadas por administradores, designers, desenvolvedores e profissionais de marketing. Da imersão surgiu todo tipo de produtos e serviços: aplicativos para orientar mulheres sobre rotas mais seguras; para compartilhamento de reviews sobre o mercado corporativo; para educação financeira para crianças e para facilitar o contato entre alunos e orientadores de trabalhos de conclusão de curso, entre outros.
As ideias geralmente surgem da identificação de demandas reais. Victor Hugo Moreira e Frederico Miranda, ambos de Uberaba (MG), criaram um serviço que ajuda as pessoas a não errarem na escolha do presente. Trata-se de um drama da vida real. “As pessoas têm problemas para acertar o presente. Muitas vezes não conhecem o gosto do presenteado, ou escolhem algo que o outro já possui. Sem contar quando erram e aí tem que trocar”, explicou Moreira.
Para solucionar o problema, criaram o “Nunca Esqueço”, aplicativo através do qual o presenteado escolhe o que deseja ganhar entre um rol de opções ofertadas por empresas parceiras do startup. A ideia de Moreira e Miranda já é negócio e deve ser lançada em Uberaba em breve.
De acordo com Luiz Candreva, CEO do ezPark e um dos mentores do Startup Weekend, o principal objetivo do evento é ensinar aos profissionais como desenvolver ideias e transformá-las em negócios. “O objetivo não é dar uma resposta definitiva sobre uma ideia ou produto, mas instigar e orientar, para que esse empreendedor possa replicar a metodologia em qualquer lugar, com qualquer ideia.”
Para isso, os empreendedores participantes trabalharam pesado. Com a ideia na cabeça, puseram a mão na massa para identificar os possíveis problemas com a proposta inicial. Nessa etapa, todos foram para a rua fazer pesquisa de campo, ou seja, escutar o que os possíveis futuros usuários tinham a dizer. “É preciso se perguntar: ‘o problema que meu serviço quer resolver existe realmente?’, ‘a solução que eu proponho é viável?’. Com essas respostas, a equipe consegue desenvolver uma proposta minimamente viável”, explicou Candreva.
Ao fim do evento, as 21 ideias desenvolvidas foram apresentadas a um time de jurados formado por empreendedores e profissionais com ampla experiência na área.