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Universidade das Startups quer transformar Curitiba em celeiro de ideias

Ronaldo Cavalheri, do Centro Europeu: universidade é forma de dar continuidade aos estudos dos alunos da instituição e fomentar o empreendedorismo | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Ronaldo Cavalheri, do Centro Europeu: universidade é forma de dar continuidade aos estudos dos alunos da instituição e fomentar o empreendedorismo (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Com a proposta de transformar Curitiba um celeiro de inovação, o Centro Europeu está lançando na cidade a “Universidade das Startups”, um núcleo dedicado a encontrar empreendedores e fomentar a criação de novas startups na capital. O projeto visa instigar os participantes a desenvolverem ideias, criarem um projeto e darem início à sua própria empresa de impacto.

Segundo o diretor geral do Centro Europeu, Ronaldo Cavalheri, a proposta surgiu como uma forma de dar continuidade aos estudos dos alunos da instituição, ao mesmo tempo em que fomenta o empreendedorismo na comunidade. A UniStart, como foi apelidada a iniciativa, é totalmente gratuita e aberta para qualquer pessoa. Os interessados, porém, precisarão passar por um processo seletivo antes de poderem, de fato, ingressar no curso.

Desenvolvida em parceria com o Instituto Brasileiro Qualidade e Produtividade (IBQP), a “universidade” não é o primeiro curso do gênero, mas Cavalheri garante o pioneirismo no formato. Inspirado em metodologias utilizadas em universidades americanas e europeias, o projeto é dividido em três etapas que vão explorar desde a criação de conceitos até a aceleração da startup. “Há várias aceleradoras no mercado, mas nós queremos trabalhar o processo desde o nível individual, partindo da criação de ideias até o desenvolvimento da empresa em si”, explica.

Para Cavalheri, a proposta da UniStart é ajudar o futuro empreendedor a dar o primeiro passo. De acordo com ele, essa é parte mais complicada de criar um novo negócio e a ajuda vem no sentido de criar provocações e incentivos para fazer com que aquela boa ideia saia do papel.

Lançando no mercado

Outro ponto que chama a atenção na Universidade das Startups é que seu formato se aproxima muito mais de um reality show do que de uma universidade de fato. Ao longo de cada uma das etapas, o número de participantes vai sendo reduzido até que, ao final de nove meses, restem apenas 40 alunos que vão se dividir para montar dez empreendimentos.

Parece estranho, mas o diretor geral da instituição explica que o objetivo de afunilar as propostas ao longo do processo seletivo é para garantir que, ao fim, as startups estejam prontas para serem lançadas ao mercado. “Vamos analisar quais grupos têm mais oportunidades e, a partir disso, procurar parceiros e investidores que possam ajudar a empresa a crescer”, detalha Cavalheri. “E o Centro Europeu entra como um mentor nessa parceria”.

Segundo ele, a seleção será rigorosa para selecionar os empreendedores com maior potencial. “Vão ficar apenas aqueles que têm a melhor performance. Esperamos chegar com pelo menos duas empresas para mostrar aos investidores, então elas precisam ter um diferencial para conquistá-los”.

Por fim, o diretor conta que a primeira turma da UniStart deve apresentar perfis de alunos bem variados e que esse é o caminho do sucesso para uma startup. “Esses perfis complementares vão se encontrar para encontrar soluções. É por isso que vamos partir do indivíduo, para explorar potencias e mostrar como eles podem trabalhar juntos”.

As inscrições da Universidade das Startups começam no próximo dia 9 de abril pelo site do Centro Europeu.

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