A economia criativa faz a interface entre tecnologia, criatividade e cultura. Os negócios de publicidade, arquitetura, artesanato, design, moda, audiovisual e jogos de computador, entre outros, envolvem processos criativos, ou seja, o “como” as coisas são feitas. São setores que ativam o surgimento da diferenciação.
Os criativos unem utilidade à singularidade e assim aprimoram os produtos e serviços ao incorporar atributos de identidade ou experiência, por exemplo, atributos de sentido cada vez mais valorizados.
Para que isso revigore a economia de forma geral é fundamental desenvolver nas pessoas a capacidade intelectual, a atitude empreendedora e o estímulo criativo de cada um.
Desenvolver o pensamento crítico, habilidades de colaboração e empatia são essenciais para chegar aos novos clientes, os “prosumidores”. Há práticas de escuta dos clientes na América Latina no “Dear Tota” da Argentina ou “La Tarumba” do Peru, “Cuero Papel y Tijera” da Costa Rica ou a “Cennarium” no Brasil que se convertem em exercício de sustentabilidade econômica.
Outro suporte aos criativos é apoiar e reconhecer grupos, espaços abertos, cooperativas, coletivos geradores de valor e aprendizado. Isso estimula a própria organização interna dos grupos a ponto deles compartilharem compras de insumos e serviços de apoio, o que deve ocorrer com o amadurecimento de espaços coletivos multifuncionais de trabalho nas cidades.
Ambiente fortalecido aumenta parcerias, a exemplo das Caminhadas Internacionais da Natureza no Paraná. A produção local se volta ao turista e aos “pé-na-estrada” de modo peculiar a ponto de impulsionar uma cadeia de atividades que compreende a gastronomia, o comércio, o entretenimento, o artesanato e atividades artísticas. Dessa maneira, os processos se repetem e geram desenvolvimento e permanência no tempo das ações.
À medida que a economia criativa é reconhecida como parte da economia como um todo e não separada, ela é estratégica e beneficia setores de forma geral, se consolidando como um poderoso motor de inovação da sociedade pós-industrial.
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