Sobreviver no mundo do varejo nunca é tarefa fácil. No Brasil de 2017, menos ainda. Não bastasse o fantasma da crise, que ainda assola o país, no mundo todo o setor do comércio e serviços vive um momento de transformações profundas. Para ajudar os empreendedores a se destacar nesse momento de transformação, um grupo de especialistas e consultores brasileiros reuniu dicas a partir do que das tendências debatidas no NRF Retail’s Big Show, conferência internacional de varejo realizada em Nova York, nos Estados Unidos, no último mês de janeiro.
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Confira cinco tendências para o varejo, que podem ajudar a vender mais e melhor, e manter o negócio vivo:
1. O consumidor é “D.E.U.S.”
Deus, não. G.O.D. A sigla é uma brincadeira com a palavra “God” (“Deus”, em inglês); e quer dizer “Global, Omni, Digital”. Significa que o consumidor está no mundo todo, e cada vez mais onipresente. Tudo isso é facilitado pelo mundo digital, que permite a relação entre empresa e consumidor em qualquer lugar do mundo. O consumidor também é cada vez mais endeusado. É ele quem manda. É pelas necessidades dele que os negócios devem se moldar.
2. Empresa? Só se for com propósito. Marca, só com alma
No caos da vida urbana, fica cada vez mais difícil atrair o consumidor. Por que largar um passeio com os amigos ou enfrentar o trânsito para ir a uma loja? Com um propósito. O consumidor, cada vez mais, quer consumir em um lugar com o qual ele se importe; que tem valores alinhados à sua visão de mundo; numa empresa que, se desaparecesse amanhã, ele sentiria falta.
Da mesma forma, as marcas não podem ficar para trás. Devem ser autênticas, antecipar os desejos dos clientes e terem capacidade de agregar uma “tribo” ou grupo. É fundamental o empreendedor pensar nisso na hora de escolher seus fornecedores ou de abrir uma franquia.
3. O consumidor está em todo lugar (esteja lá com ele)
Cada vez menos o consumidor passa pelo ponto de venda. O que é um martírio para muitos varejistas. Mas há uma esperança: ele não está lá fisicamente; mas está em todo lugar. Não só pela possibilidade de vendas pelo e-commerce. Mas o contato dele com o negócio já não se resume a ler a fachada. É a chamada “Experiência 5.0”. “O grande motivo é colocar experiência, com valores compartilhados, propósito, abordagem emocional, identidade e que desperte o sentimento de pertencimento no consumidor”, destaca o consultor em varejo Alexandre van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult.
4. Ter seu próprio “Pokemon Go” é só o começo
O game Pokemon Go já não é uma febre. Mas ele deixou um belo legado: mostrar que a realidade aumentada é para todo mundo. Nas lojas, este é um dos artifícios de inteligência artificil que podem tornar a interação dos consumidores mais inteligente, criativa e agradável. Mas a tecnologia não para por aí. Cada vez mais comuns, as impressoas 3D permitem produzir produtos completamente personalizados. E uma revolução em termos de métricas e especialização pode ocorrer, caso se confirme o rumor de que o Google Analytics vai migrar para o varejo offline.
5. 1 = 3: Um funcionário excelente vale por três bons
Para a NRF, vale a regra “1 = 3”: um profissional excelente vale por três bons. E neste mundo de um varejo em transformação, o que mais conta é ter um atendimento humanizado. O funcionário é mais do que um mediador do processo de compra, ele é um representante do negócio perante o usuário.