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São Paulo

Empregados da GM fazem paralisação relâmpago contra demissões

Metalúrgicos de uma das oito fábricas do complexo da General Motors em São José dos Campos paralisaram as atividades hoje (18) por duas horas, das 5h30 às 7h40. A interrupção afetou as linhas de montagem dos modelos Classic e pick-up S 10, na segunda manifestação contra o risco de demissões. A parada antecede a segunda das três reuniões previstas para discutir o futuro da fábrica e a manutenção dos empregos.

O encontro, com intermediação de um representante do Ministério do Trabalho, foi marcado para hoje na sede regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. Para influenciar o resultado, ontem (17), os empregados afastados temporariamente promoveram passeata em frente à Associação Comercial e Industrial.

A mobilização dos empregados ocorre porque no próximo dia 26 expira o prazo do acordo que suspendeu as demissões. A empresa manterá o Programa de Demissão Voluntária. A GM descarta demissão em massa, no entanto, informou manter quadro excedente por ter deixado de produzir alguns modelos na fábrica.

O diretor de assuntos institucionais da GM, Luiz Moan Yabiku, rejeitou a possibilidade de transferência dos trabalhadores para outra unidade de produção, e manifestou a expectativa de que empresa e empregados cheguem a acordo até o final do mês.

Na opinião do presidente do sindicato dos metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, a presença do governo pode colocar um fim no impasse. "Queremos que o governo federal proíba as demissões, porque além dos benefícios fiscais que a empresa recebeu com redução do IPI [Imposto Sobre Produtos Industrializados] e com o regime automotivo, ela não não vive crise financeira", ponderou ele. Para o líder sindical, a presidenta Dilma Rousseff tem "obrigação de intervir" na questão.

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