Funcionários dos Correios fazem assembleias em todo o país para discutir continuidade da greve, decidida na última terça-feira (17). Em Brasília, os trabalhadores se reúnem às 15h em frente ao Ministério das Comunicações, na Esplanada dos Ministérios.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a paralisação atinge mais de 60% da área operacional em 29 estados, incluindo as atividades dos carteiros e atendentes nas agências da empresa. Segundo os Correios, no entanto, a taxa de comparecimento na sexta-feira (20) foi em torno de 92%.
Empresa e funcionários não negociam desde o dia 17, quando a reunião de mediação entre as partes, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), terminou sem acordo. Os Correios informaram que houve intransigência da federação na reunião mediada pelo vice-presidente do TST, ministro Antônio José de Barros Levenhagen.
Na página na internet, a empresa informa que, "em razão da adesão de alguns empregados ao movimento grevista", poderá haver atraso na entrega de telegramas em algumas localidades, além dos serviços de Sedex nos seguintes estados, além do Distrito Federal: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Os trabalhadores reivindicam, entre outros pontos, aumento real de 15%, além da recomposição da inflação de 7,13%. Os Correios ofereceram reajuste de 8% no salário, sendo 6,27% de recomposição da inflação e 1,7% de ganho real, e de 6,27% nos benefícios. Além dos pleitos salariais, a federação dos trabalhadores cobra a implementação de Plano de Cargos Carreiras e Salários, contratação de 10 mil funcionários e redução de jornada de trabalho dos atendentes para seis horas. Sem acordo, a direção dos Correios pediu dissídio e não negocia com a federação dos trabalhadores há quase uma semana.