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Trabalho

Emprego cresce, mas ainda menos que em 2005

O emprego formal no Paraná cresceu 5,31% até setembro deste ano. O saldo entre admissões e demissões ficou em 94.078 – abaixo, portanto, dos 95.703 empregos criados em igual período do ano passado. Apesar disso, o último trimestre esboça retomada do emprego, com 14,42% mais vagas geradas do que entre julho e setembro de 2005. Só em setembro foram empregadas 60% mais pessoas, num fenômeno meramente sazonal, por conta do período eleitoral. Vale lembrar ainda que a base de comparação é bastante baixa – em setembro de 2005 foram criadas 6.175 vagas, contra 9.914 neste ano.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), a retomada também está ligada a fatores positivos para a economia como a queda da taxa de juros, a baixa previsão de inflação para o ano (o IPCA deve fechar em 3%) e a recuperação da renda do trabalhador.

"Há possibilidade de fecharmos o ano com desempenho melhor do que em 2005", acredita o economista do Dieese Sandro Silva.

Em setembro, o comércio varejista e o segmento de serviços em hotéis e restaurantes lideraram a geração de emprego no estado. As 9.914 vagas de setembro também representam leve aumento, de 0,53%, no confronto com agosto. A média nacional foi de 0,64%. A variação no interior do estado foi de 0,44% e, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), de 0,68%.

No acumulado deste ano foram criadas 94 mil vagas, crescimento de 5,31%, sendo quase 65% delas no interior do estado. Os segmentos que mais empregaram foram a indústria de alimentos, bebidas e álcool (19,6 mil vagas), com destaque para a produção de álcool combustível e açúcar, aves e bovinos; o setor têxtil e vestuário (3,9 mil vagas) e as indústrias química, farmacêutica e veterinária (2,5 mil).

Entre os serviços, o segmento de hotéis e restaurantes lidera com quase 10 mil vagas, seguido por serviços gerais de vigilância e segurança (9,2 mil), transportes e comunicação (4,1 mil) e ensino (3,4 mil). No comércio foram criadas quase 13 mil vagas, sendo 10 mil no varejo e 2,3 mil no atacado. A agropecuária tem saldo de 9,2 mil empregos e a construção civil, de 7,1 mil.

O Dieese estima que a taxa de desemprego na RMC seja de 13,7% e o estoque de trabalhadores com carteira assinada no estado, de 1,865 milhão de pessoas, considerando apenas os contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

Já o Ministério do Trabalho e Emprego, que inclui em sua Relação Anual de Informações Sociais (Rais) dos trabalhadores contratados em regime estatutário, estima em 2,1 milhões o número de trabalhadores formais no estado.

"Pelos números da Rais, em 2005 o Paraná criou menos vagas que a média nacional, mas entre 2003 e 2005 o estado ficou acima da média", pondera Silva, do Dieese.

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