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Mercado de trabalho

Emprego deve perder ritmo neste trimestre

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Após atingir patamares recordes no fim de 2011, o mercado de trabalho deve perder fôlego neste começo de ano, na opinião de analistas do mercado financeiro. A expectativa de arrefecimento leva em conta a perda de ritmo da economia ocorrida mais fortemente no segundo semestre de 2011 – o emprego costuma sentir os efeitos da desaceleração com certa defasagem. Apesar disso, a taxa de desemprego tende a permanecer em níveis historicamente baixos: se por um lado não há muito espaço para mais quedas, também é pouco provável que o nível de desocupação engate uma trajetória de alta expressiva.

O Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE) informou ontem que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 4,7% da População Economi­ca­mente Ativa (PEA) em dezembro, o menor nível já registrado na série histórica iniciada em 2002. Em novembro, a taxa era de 5,2%.

Moderação

"Em algum momento, o mercado de trabalho vai sentir a desaceleração, não vai ficar imune. De­­veria vir no primeiro trimestre, mas será algo bastante suave, pois acredito que a economia já voltará a se recuperar", diz a economista-chefe do BNY Mellon ARX, Solange Srour.

Como exemplo dos fatores que devem moderar o impacto do desaquecimento da atividade sobre o emprego, Solange cita os estímulos do governo para puxar a atividade e o aumento da confiança dos empresários. "O empresário está mais confiante sobre o crescimento da economia no segundo semestre", disse.

O economista-chefe da Quan­titas Asset, Gustav Gorski, tem opinião semelhante. "Estamos chegando a um momento em que a taxa de desemprego não tem muito mais espaço para baixar nem sinal para subir. Não vejo nada na economia que indique uma reversão de maneira que o desemprego aumente significativamente", avaliou.

Para a economista-chefe da consultoria Rosenberg & Asso­ciados, Thaís Zara, a taxa de desemprego deve voltar a subir neste começo de ano, refletindo efeitos defasados da desaceleração da atividade. "Apesar do ainda bom momento do mercado de trabalho, o primeiro trimestre de 2012 pode ser menos alvissareiro, conforme se propaguem os efeitos da desaceleração do ritmo de atividade vistos ao final do ano passado", avaliou a economista em relatório.

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