O saldo de criação de novos empregos com carteira assinada voltou a bater recorde em fevereiro e fechou o mês em 280.799 vagas, o melhor desempenho da história para o segundo mês do ano, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.Com a contabilização das declarações de janeiro entregues pelas empresas fora do prazo, o saldo líquido de vagas com carteira assinada naquele mês foi revisado de 152.091 para 167.943. Com isso, no acumulado do primeiro bimestre deste ano, a criação de novos postos de trabalho foi de 448.742, resultado também recorde para o período. A meta do governo para este ano é de atingir 3 milhões de novos empregos formais.
O desempenho positivo da geração de empregos em fevereiro foi disseminado em todas as regiões do país, de acordo com o Caged. No Paraná, foram criados 19,8 mil empregos no mês, 44% a mais que em igual período de 2009. Desde o início do ano, 35,4 mil postos de trabalho foram gerados no estado.
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Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o aumento das concessões do seguro-desemprego em 2010 que, no governo, gerou desconfianças quanto a possíveis fraudes se deve à alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro e à maior oferta de emprego, que faz com que alguns trabalhadores optem por buscar novos empregos. "Mês passado ocorreu recorde de admissões e desligamentos", disse o ministro. Em fevereiro, as admissões somaram 1,797 milhão, enquanto as demissões somaram 1,516 milhão.
As despesas com seguro-desemprego aumentaram 4,47% em 2010, com dispêndio de R$ 20,44 bilhões, valor recorde. Já os gastos com o abono salarial demandaram R$ 8,75 bilhões, alta de 15,78% ante 2009. Segundo Lupi, o Ministério do Trabalho tem investido para combater fraudes nos pedidos de benefícios, mas não pode negar o pagamento aos trabalhadores. "Governo é obrigado a pagar a quem tem o direito", disse.