O ritmo de recuperação do emprego deve continuar nos próximos meses. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que entre janeiro e agosto foram criadas 539,6 mil novas oportunidades de trabalho, 7,5% a mais do que em igual período de 2018. O desempenho é o melhor desde 2015.
As expectativas são melhores do que no ano passado, aponta o CEO da Manpowergroup, Nilson Pereira. Uma pesquisa feita pela empresa junto a 900 empregadores em todo o país aponta que o movimento está sendo puxado pelas empresas de grande porte. “É um movimento natural, elas puxam a economia e acabam trazendo a reboque as empresas de menor porte”, aponta o executivo.
Um dos segmentos mais otimistas é o da construção, refletindo a melhoria nas expectativas para o setor. A Manpowergroup aponta que a situação do mercado de trabalho é a melhor em cinco anos.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), há possibilidade de expansão de atividades nos próximos meses: a atividade setorial e o ritmo de compra de insumos é maior do que há um ano. A intenção de investimento no setor estava, em setembro, no nível mais elevado em 2019.
Outro setor em que a expectativa é grande é o comércio. Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil aponta que devem ser abertas 103 mil vagas temporárias em 2019, a melhor marca em cinco anos. As expectativas de contratação também são grandes no setor de serviços, que está com o ritmo de contratações mais forte em quatro anos, e de transporte, com as melhores possibilidades em cinco anos.
Emprego qualificado
A consultoria Robert Half também detectou uma queda na taxa de desemprego entre os profissionais qualificados - com idade igual ou superior a 25 anos e formação superior completa. Ela passou de 6,1% no primeiro trimestre para 5,5%, no segundo.
Os recrutadores têm encontrado dificuldades para contratar profissionais qualificados. As principais características valorizadas nos profissionais contratados são trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, experiência e proatividade.
Quase 60% dos recrutadores considera que a tarefa é difícil ou muito difícil. “Uma coisa é a qualificação que o candidato diz ter, outra é a exigência do mercado de trabalho”, aponta o diretor-geral da Robert Half, Fernando Mantovani.
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