O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, divulgou nesta quarta-feira (15) os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), que mostram uma recuperação ainda leve do mercado de trabalho. O saldo de empregos em março ficou em 34,818 mil, bem superior ao saldo registrado em fevereiro, de 9,179 mil novas vagas formais criadas no país.
Contudo, no ano ainda há saldo de desemprego. O número de demissões de janeiro ainda não foi vencido pelo saldo positivo de fevereiro e março. No primeiro trimestre, há um saldo de desemprego de 57,7 mil vagas.
"É o mês da virada, como eu disse há três meses atrás. Não é o dado que esperávamos ainda, mas estamos nos recuperando", analisou o ministro. O resultado do trimestre é o pior registrado desde 1999, quando houve um saldo de desemprego de 195,5 mil vagas.
Regiões
Nas regiões Norte e Nordeste, os números do Caged ainda mostram uma redução do mercado de trabalho. Nos estados do Nordeste, foram fechadas mais de 40,2 mil vagas. Segundo o ministério do Trabalho, o saldo negativo tem a ver com fatores sazonais relacionados à agroindústria.
No Norte, o saldo negativo foi de 5,6 mil postos formais de trabalho. O pior resultado na região foi no Pará, onde foram fechadas mais de 5,6 mil vagas. O único estado do Norte que teve saldo positivo foi Rondônia, com criação de 1,2 mil novas vagas.
A região Sudeste registrou um novo saldo positivo de admissões em março. Segundo os dados do Caged, foram criados mais de 50,2 mil postos formais de trabalho no mês passado na região. Os números foram puxados pela economia de São Paulo, onde foram criados mais de 34,2 mil empregos formais.
No Sul, o saldo positivo foi de 15,2 mil admissões. O melhor resultado ocorreu no Paraná, onde o houve a criação de 10,8 mil novos empregos com carteira assinada. Na região Centro-Oeste, o saldo também foi positivo em 15 mil postos. O melhor desempenho do mercado de emprego foi em Goiás, onde foram abertas 7,9 mil novas vagas.