Embraer anuncia a demissão de mais de 4 mil funcionários
A fabricante brasileira de aeronaves Embraer informou ontem que, em consequência da crise econômica internacional, vai demitir mais de 4 mil funcionários e revisou para baixo as previsões de produção e investimentos para 2009. Em carta enviada aos trabalhadores, o presidente da companhia, Frederico Curado, avaliou que a crise atual não é um problema temporário, que pode ser resolvido no curto prazo ou que poderia ser contornado com algum tipo de solução transitória.
Vale fecha acordo de licença com meio salário
SÃO PAULO - Os 15 sindicatos que representam os 38 mil empregados próprios da Vale já aceitaram acordo de licença remunerada proposto no início do ano, informou ontem a companhia. A mineradora fez a proposta de oferecer licença remunerada aos seus funcionários do setor de minério de ferro, com o pagamento de metade dos salários, até o dia 31 de maio deste ano, devido aos impactos da crise internacional.
A Vale destaca, porém, que ainda não foi preciso conceder a licença remunerada a nenhum empregado. "A empresa ressalta que somente utilizará a licença remunerada em último caso e dependendo das condições de mercado, informou por meio de nota.
Por causa da crise, a Vale já demitiu 1,3 mil pessoas e deu férias coletivas de um mês para 5,5 mil funcionários. Outros 220 empregados estão sendo treinados para exercer outras funções dentro da empresa.
Folhapress
Pela primeira vez em dez anos, o mercado de trabalho brasileiro encolheu num mês de janeiro. Na esteira dos efeitos da crise econômica mundial, foram fechados mais de 101 mil postos de trabalho no mês passado. Desde novembro, já desapareceram 787 mil vagas formais (com carteira assinada) no país, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No Paraná, um alento: o saldo entre admissões e demissões foi positivo, com 1,5 mil empregos criados em janeiro. A região metropolitana de Curitiba, com seus 504 empregos abertos no primeiro mês do ano, apresentou o melhor desempenho dentre as nove pesquisadas pelo ministério e foi a única a apresentar saldo positivo no período. No acumulado dos últimos 12 meses, o Paraná aparece com o melhor resultado da Região Sul, com 100 mil postos de trabalho criados, um avanço de 4,9%.
Brasil
Desde janeiro de 1999, quando foram fechadas 41,2 mil vagas com carteira assinada, o desempenho do emprego não era tão ruim no país. Na comparação com janeiro de 2008, o número de demissões cresceu 13% no primeiro mês deste ano.
Por outro lado, o número de 1,21 milhão de admissões é o segundo maior para o mês na série histórica da pesquisa, perdendo apenas para janeiro de 2007, quando 1,3 milhão de trabalhadores foram contratados. Mas o resultado não indica necessariamente um arrefecimento da crise, uma vez que janeiro é, tradicionalmente, um mês de aceleração na geração de postos de trabalho.
Setores
Na divisão por setores de atividade econômica, a construção civil apresentou o maior porcentual de criação de vagas no Paraná em janeiro, com variação de 1,5%, criando pouco mais de 1,6 mil novos postos. No entanto, este número, que representa 14,4% do resultado nacional do setor (11,3 mil vagas), precisa ser relativizado, uma vez que o setor fechou 3,6 mil vagas no estado em dezembro de 2008. Isso significa que o resultado de janeiro recupera apenas 45% das vagas fechadas no fim do ano passado.
Mesmo assim, para o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cid Cordeiro, o resultado pode ser interpretado como o esboço de uma reação. "O cenário no fim do ano passado estava excessivamente negativo e muitas demissões foram ocasionadas por esse pessimismo. O volume de contratações em janeiro foi a metade das demissões, recuperando apenas parte do que foi perdido, mas não deixa de ser um dado positivo", avalia. "Isso mostra que provavelmente o fundo do poço para o emprego pode ter sido em dezembro" completa.
Ainda no Paraná, o setor de serviços criou mais de 2 mil postos em janeiro. O volume corresponde a 82% do total de vagas do setor geradas em todo o país. Contribuíram para o desempenho estadual as contratações dos segmentos de serviços de alojamento, alimentação e manutenção (1.427 vagas), serviços médicos odontológicos (350 vagas) subgrupo este que obteve sua marca recorde na série histórica do Caged , serviços de comércio e administração de imóveis e serviços técnicos profissionais (687 vagas) e instituições financeiras (149 vagas).
No país, os setores que mais contribuíram para a queda do nível de emprego em janeiro foram a indústria de transformação e o comércio, que juntos respondem pela perda de mais de 105 mil empregos.
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