Paraná e Minas Gerais foram os únicos destaques positivos da mais recente Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada na manhã desta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos demais 12 estados pesquisados, houve queda no emprego industrial. Considerando os 14 estados, o recuo foi de 1,7%, na comparação com o mesmo mês do ano passado
O Paraná liderou o aumento de empregos no setor com crescimento de 2,2% entre maio deste ano e maio de 2011. As principais contratações aconteceram nos ramos de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (35,1%) e alimentos e bebidas (6,1%).
Minas Gerais teve crescimento de 0,3% no mesmo período, com crescimento expressivo nos setores de produtos de metal (6,7%), indústrias extrativas (7,6%) e metalurgia básica (4,3%).
Comparação mensal
Na comparação mensal, frente abril, o cojunto de 14 locais pesquisados pelo IBGE mostrou variação negativa de 0,3% no total do pessoal ocupado na indústria, na série livre de influências sazonais. É o terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perda de 1,1%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, ao assinalar variação de -0,4% na passagem dos trimestres encerrados em abril e maio, permaneceu com o comportamento predominantemente negativo presente desde outubro do ano passado.
O índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2012 apontou recuo de 1,1% e intensificou o ritmo de queda frente ao primeiro quadrimestre do ano (-0,9%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar -0,3% em maio de 2012, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).
Negativo
O principal impacto negativo da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do IBGE em maio deste ano foi observado em São Paulo, com recuo de 3,2%. O estado teve taxas negativas registradas em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para a redução no total do pessoal ocupado nas indústrias de produtos de metal (-12,6%), metalurgia básica (-20,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,7%), têxtil (-8,5%), papel e gráfica (-6,8%), meios de transporte (-3,6%), vestuário (-7,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-5,7%).
Outros resultados negativos ocorreram na região Nordeste (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,3%), Santa Catarina (-1,4%), Ceará (-3,2%) e Bahia (-3,4%), com o primeiro influenciado pelas quedas nos setores de calçados e couro (-5,8%), vestuário (-7,2%) e têxtil (-9,9%); o segundo por conta das perdas em calçados e couro (-11,5%), borracha e plástico (-11,3%) e outros produtos da indústria de transformação (-6,1%); o terceiro pressionado pelas reduções em vestuário (-9,2%), madeira (-14,6%), calçados e couro (-23,0%) e têxtil (-2,5%); a indústria cearense impactada pelas quedas em vestuário (-8,3%), calçados e couro (-3,5%) e têxtil (-8,5%); e o último em função dos recuos no pessoal ocupado nas indústrias de calçados e couro (-12,7%) e de alimentos e bebidas (-7,9%).