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Emprego mantém expansão no Paraná

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Apesar de apresentar desaceleração na passagem de abril para maio, a indústria paranaense se manteve acima da média nacional na geração de empregos e ampliação da massa salarial dos trabalhadores, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE).

Enquanto o índice de trabalhadores assalariados na indústria recuou 1,7% no cenário nacional em relação ao mesmo período do ano passado, o pior resultado desde dezembro de 2009 (-2,4%), o Paraná registrou crescimento de 2,2%.

O Paraná também foi o úni­­co estado que, em relação ao mesmo mês do ano anterior, apresentou aumento do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, com alta de 1,5%, e acréscimo de 8,4% na folha de pagamento. No Brasil, houve reduções de 2,8% e 1,1%, respectivamente.

Os setores que contribuíram decisivamente para o bom desempenho do emprego industrial e crescimento da massa salarial do Paraná, em oposição ao cenário nacional, foram alimentos e bebidas; máquinas e aparelhos eletrônicos e de comunicações; e meios de transporte.

Para Cid Cordeiro, coordenador técnico do Dieese no Paraná, a força do setor agroindustrial na economia do estado tem ajudado a minimizar o impacto da retração em outros setores. "A agroindústria enfrenta menos concorrência e ainda e conta com a demanda do mercado interno em tempos de crescimento baixo e variação cambial", diz.

Para Gilmar Mendes Lou­­renço, presidente do Ins­­tituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o comportamento favorável das variáveis relacionadas à ocupação e ao rendimento do trabalho na indústria do Paraná é resultado da boa atuação dos setores metalmecânico, petroquímico, agroindustrial e da construção civil, que impulsionaram a criação de vagas no estado e elevaram a remuneração dos trabalhadores.

Desaceleração

Entretanto, mesmo com o cenário positivo do emprego industrial no Paraná em relação ao país, a Pimes mostra que a geração de empregos industriais e o incremento da massa salarial no estado também desaceleram em relação aos números de abril, quando o emprego havia crescido 4,1%, acompanhado de aumento do número de horas pagas (1,9%) e da folha de pagamento (11,4%).

Para André Macedo, gerente da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desaceleração verificada na indústria paranaense mostra que o estado não ficou imune à retração de alguns setores impactados mais diretamente pelo crescimento modesto da economia, como é o caso do vestuário (-7,2%), calçados e couro (-6,6%), têxtil (-5,4%) e madeira (-9,4%). "Esses setores contribuíram negativamente para a média nacional e foram decisivos para a redução do crescimento do emprego industrial também no Paraná", diz Macedo.

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