São Paulo - A construção civil abriu 45 mil postos de trabalho com carteira assinada em todo país no mês passado. O resultado foi recorde no setor desde dezembro de 2000, e 23% maior que as 36,5 mil contratações feitas em julho, segundo levantamento divulgado ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a FGV Projetos.

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Com isso, a construção contabilizou 2,26 milhões de empregados formais em agosto, com aumento de 2,03% sobre o estoque do mês de julho. No ano, a alta chega a 8,44%, o que representa 176 mil novos postos de trabalho em relação a dezembro de 2008.

Os números, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que as construtoras não só recuperaram as 109 mil vagas fechadas em novembro e dezembro de 2008, auge da crise mundial, como já superaram em mais de 66,9 mil postos o nível de emprego recorde apurado em outubro do ano passado.

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Boa surpresa

O desempenho surpreendeu. "Esperávamos recuo no emprego no segundo semestre pela redução de lançamentos imobiliários no início do ano", diz o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe. Para ele, o saldo recorde de emprego em agosto reflete o fortalecimento do segmento imobiliário, graças aos incentivos do programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida e à retomada da confiança dos consumidores. Além disso, as obras públicas estariam sendo aceleradas pela necessidade de os governos estaduais consumirem seus orçamentos antes das eleições de 2010. "As empresas também começaram a retomar projetos de expansão adiados pela crise internacional", completa Watanabe.