O emprego na indústria brasileira cresceu em julho na comparação mensal após nove quedas seguidas, mostrando que a melhora na atividade do setor está se refletindo em uma pausa das fortes demissões geradas pela crise financeira.
O emprego subiu 0,4 por cento em julho sobre junho, com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
Em relação a julho de 2008, ainda há queda, de 7 por cento, a mais forte da série histórica iniciada em 2001, já que no ano passado a indústria estava produzindo e contratando bastante antes de começar a ser afetada pela crise a partir de setembro.
No ano, o emprego também segue negativo, com queda de 5,4 por cento entre janeiro e julho. Em 12 meses, o recuo é de 2,7 por cento.
Na comparação com julho de 2008, todas as quatorze regiões pesquisadas relataram demissões, com destaque para São Paulo (-5,2 por cento). Entre os setores, houve queda do emprego em 17 dos 18, com destaque para Meios de transporte (-12,9 por cento), Máquinas e equipamentos (-12,3 por cento) e Produtos de metal (-11,7 por cento.
O IBGE acrescentou que o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria ficou estável entre julho e julho e caiu 7,6 por cento na comparação com igual mês de 2008, acumulando no ano recuo de 6,1 por cento.
O valor da folha de pagamento real teve variação positiva de 0,1 por cento mês a mês e baixa de 3,9 por cento, acumulando entre janeiro e julho queda de 1,6 por cento.
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