Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
trabalho

Emprego na indústria se mantém estável

Fábrica da Coca-Cola em Curitiba: setor de bebidas colaborou com o aumento do emprego industrial paranaense | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Fábrica da Coca-Cola em Curitiba: setor de bebidas colaborou com o aumento do emprego industrial paranaense (Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo)
Confira a evolução do emprego industrial no Paraná |

1 de 1

Confira a evolução do emprego industrial no Paraná

O emprego industrial avançou 0,1% em maio na comparação com abril, na série histórica livre de influências sazonais, apontou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio de 2010, o emprego industrial cresceu 1,3% em maio deste ano – entre os estados, o Paraná foi o que teve a maior variação positiva, com 6,1% mais trabalhadores que em maio do ano passado. A variação acumulada em 2011 é de 2,2% e, no acumulado dos 12 meses encerrados em maio, o emprego industrial cresceu 3,5%.

O resultado do Paraná é explicado pelas contribuições dos setores de alimentos e bebidas (14,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (30,7%) e meios de transporte (13,6%). O estado também se destacou no aumento da folha de pagamento real, que foi 6,2% maior que em maio de 2010 – apenas Minas Gerais (12,2%) e a Região Nordeste (6,1%) superaram o Paraná nesta comparação.

Segundo o IBGE, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve expansão de 1,9% no número de horas pagas, registrando uma desaceleração ante os fechamentos do primeiro trimestre (2,6%) e dos quatro primeiros meses do ano (2,2%). A taxa no acumulado de 12 meses registrou alta de 3,6% em maio, mas permaneceu com avanços menos intensos desde fevereiro, quando marcou 4,5%.

São Paulo

Apesar de o mercado de trabalho ainda estar resistindo à artilharia do governo para conter a inflação, a indústria paulista, força motriz do setor no país, já começa a apresentar crescimento menor na taxa de emprego que em outras regiões.

Segundo dados do IBGE, a alta no emprego na indústria cresceu abaixo da média nacional nos últimos 12 meses encerrados em maio: 2,2% – a taxa mais baixa entre os 14 locais pesquisados. No caso da renda, a situação se repete. No Brasil, o crescimento foi de 7,6%. Em São Paulo, que representa 40% da indústria brasileira, ficou em 5,4%, o menor de todos.

O economista do IBGE André Macedo explica que a indústria paulista perde ritmo mais rapidamente porque os setores mais afetados por juros altos, crédito mais restrito e câmbio desfavorável às exportações têm um peso maior em sua estrutura.

Um exemplo é o setor automobilístico e sua cadeia de fornecedores, que mostra desaceleração na produção e no emprego. Uma das ações do governo para esfriar a economia foi restringir o prazo de financiamento para a compra de veículos.

Em maio, o emprego na indústria paulista caiu 0,7% na comparação com o mesmo mês de 2010, resultado que contrasta com a expansão de 1,3% no Brasil. De 12 setores pesquisados, oito fecharam vagas no estado. "A tendência de desaceleração do emprego na indústria paulista foi se acentuando desde o fim do ano passado’’, observa Macedo. Para Rogério Cesar de Souza, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), a indústria no estado ilustra bem o cenário de relativa "estagnação da produção e do emprego do setor desde agosto de 2010".

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.