O emprego industrial aumentou 0,5% em junho na comparação com maio, na série livre de influências sazonais, segundo divulgou na manhã desta segunda-feira o IBGE. Segundo o documento de divulgação da pesquisa, a alta ante o mês anterior "compensou o recuo acumulado de 0,4% nos dois meses anteriores". Com isso, o acumulado no ano ficou em 2,7%, o melhor resultado para um primeiro semestre desde o início da série histórica. O índice de média móvel trimestral, considerado o principal indicador de tendência apontou variação nula (zero) no trimestre encerrado em junho ante o terminado em maio.
Na comparação com junho do ano passado, o número de pessoas ocupadas na indústria cresceu 2,5%, totalizando uma seqüência de 24 taxas positivas consecutivas. No acumulado do primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado, houve alta de 2,7% e, em 12 meses, de 2,8%. Na comparação com junho do ano passado, dez dos 14 locais e 12 dos 18 setores pesquisados aumentaram o número de trabalhadores na indústria. Os principais destaques regionais foram São Paulo (3,6%), Minas Gerais (5,3%) e região Norte e Centro-Oeste (4,1%).
No total do País, em termos setoriais, ainda em junho ante igual mês do ano anterior, máquinas e equipamentos (10,3%), meios de transporte (9,9%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,4%) e alimentos e bebidas (3,1%) exerceram as principais influências positivas sobre a média da indústria. Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,4%), vestuário (-6,3%) e têxtil (-6,1%) foram os impactos negativos mais importantes.
Em termos regionais, ainda no primeiro semestre, houve índices positivos em 11 locais e as principais contribuições positivas vieram de São Paulo (4,1%), Minas Gerais (3,7%) e região Norte e Centro-Oeste (3,5%), enquanto Ceará ficou estável (0,0%) e as pressões negativas vieram do Espírito Santo (-1,9%) e de Santa Catarina (-0,4%).
Folha de pagamento
A folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 0,2% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. O indicador de média móvel trimestral ficou estável (-0,1%) entre os trimestres encerrados em maio e junho. Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram positivos: 6,7% frente a junho de 2007 e 6,5% no acumulado primeiro semestre. Em 12 meses, houve alta de 6,3%. Em junho, na comparação com igual mês do ano passado, o valor da folha de pagamento real aumentou em todos os 14 locais pesquisados, com destaque para São Paulo (7,5%) e Minas Gerais (9,0%).
Setorialmente, ainda no indicador mensal, a folha de pagamento real cresceu em 12 dos 18 setores investigados, com as maiores influências positivas vindo de meios de transporte (15,2%), máquinas e equipamentos (9,7%) e produtos de metal (14,2%). Em sentido contrário, as pressões negativas mais relevantes foram exercidas por calçados e artigos de couro (-7,5%), têxtil (-5,4%) e papel e gráfica (-1,3%).
No primeiro semestre, também houve alta na folha em todos os locais, com destaque para São Paulo (7,7%), Minas Gerais (8,1%) e Rio Grande do Sul (6,0%).
Em termos setoriais, 13 atividades ampliaram o valor da folha de pagamento real no primeiro semestre, sendo que meios de transporte (13,9%), máquinas e equipamentos (9,0%) e produtos de metal (13,4%) exerceram as principais influências positivas. Em sentido oposto, as maiores quedas foram observadas em calçados e artigos de couro (-7,7%) e papel e gráfica (-3,2%).