A indústria reduziu seu efetivo de mão de obra contratada com carteira assinada em 0,6% no mês de setembro, na comparação com agosto. Foi a sétima queda consecutiva do indicador de emprego industrial, sendo que o recuo na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano atingiu 1,6%.
A queda foi registrada no levantamento de indicadores do setor produtivo medida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira, 3. O mercado de empregos formais na indústria acumula no ano uma alta de apenas 0,1%.
A CNI também constatou uma retração de 0,2% na massa salarial paga em setembro. A redução no nível de salário ocorreu pelo quinto mês seguido, com retração de 0,6% entre o segundo e o terceiro trimestres. No acumulado do ano, contudo, a massa salarial registra alta de 2,6%.
A redução da massa salarial, que apresentou queda em cinco dos nove meses analisados pela pesquisa, foi acompanhada por uma redução de 0,3% no rendimento médio real do trabalhador. Apesar da retração, na comparação com setembro do ano passado o índice apresentou alta de 1,9%.
Apesar da queda nos salários e no nível do emprego, a CNI identificou alta de 1% na quantidade de horas trabalhadas. Na comparação com setembro de 2013, o recuo desse indicador é de 2 6%. Já no acumulado dos nove meses do ano, a queda é de 2,9%.
O cenário negativo da indústria, porém, não afetou o faturamento real das empresas. As companhias registraram alta de 0,8% em seus rendimentos em setembro, contra agosto. Mas houve queda de 1,8% na comparação com setembro de 2013 e de 2,1% no acumulado dos nove meses do ano passado.
A utilização da capacidade instalada da indústria atingiu 81,3% em setembro, registrando um crescimento de 0,8 ponto porcentual ante agosto. A atividade, entretanto, apresentou queda de 0,6% em relação a setembro do ano passado.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast