Estimativa

Para Bradesco, ritmo de alta do PIB já pode estar em 4% ao ano

O economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, avalia que o Produto Interno Bruto (PIB) do país já voltou a crescer a um ritmo mais forte, em meio às medidas de incentivo por parte do governo e ao aumento na confiança da indústria. "Pode ser que [a economia] já esteja rodando a 4% ao ano ou até mais", disse ele na última quinta-feira.

O executivo afirmou que acredita em um crescimento mais moderado da economia nos próximos anos, diferentemente dos extremos registrados em 2010 e 2011. Segundo ele, o país pode manter um ritmo "sustentável" de crescimento próximo de 4% ao ano.

Entre os pilares desse avanço, Barros citou a oferta de crédito, que manterá trajetória de alta, ainda que em ritmo menor. O economista também estima que a indústria voltará a crescer após a rodada de incentivos do governo. Para 2013, disse, a tendência é de que o PIB seja reforçado pela agricultura, que nutre a expectativa de uma grande safra de grãos, puxada por recorde na área plantada de soja.

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O saldo líquido de empregos formais gerados em agosto mostra que economia brasileira passa pelo que na literatura econômica convencionou-se chamar de jobless recovery – uma recuperação do emprego a um ritmo inferior ao da recuperação da atividade econômica como um todo. É o que afirma o economista da LCA Consultores Caio Machado a partir da análise que fez dos 100.938 empregos formais gerados em agosto, saldo 56,2% menor que o de igual mês do ano passado.

Ocorre que no ano passado, apesar da forte desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) – de 7,5% em 2010 para 2,7% em 2011 –, não houve demissão de trabalhadores. Ao contrário, até houve contratações. E agora, que a economia começa a apontar uma recuperação mais robusta, as empresas ainda não tiveram necessidade de promover um grande movimento de admissões.

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Segundo Machado, as empresas mantiveram o estoque de trabalhadores durante a desaceleração por causa do elevado custo trabalhista embutido nas contratações e demissões e, principalmente, para não abrirem mão de funcionários qualificados.