O emprego na indústria brasileira voltou a registrar leve queda em agosto ao recuar 0,1% na comparação com julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem. Em julho, o emprego havia mostrado acréscimo de 0,2%, interrompendo uma série de quatro meses seguidos de queda.
Na comparação com agosto de 2011, o total de pessoal ocupado na indústria recuou 2%, 11.º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde dezembro de 2009, quando caiu 2,4%. "O comportamento nos meses de julho e agosto se dá de uma forma melhor do que de março a junho, quando era claramente negativo. Esses dois meses não revertem as perdas, mas é uma nítida melhora de comportamento", disse economista do IBGE André Macedo, atribuindo o cenário à melhora da produção industrial nos últimos três meses.
A indústria continua sob o foco das atenções do governo e do mercado, depois de mostrar fraqueza por causa da crise internacional, para quem a recuperação vai se dar de forma gradual neste segundo semestre. O recuo no emprego em agosto se deu apesar de a produção industrial ter subido 1,5% no mês frente a julho.
Paraná
Em agosto, o número de trabalhadores ocupados na indústria paranaense cresceu 1,5%, em comparação a agosto de 2011. Os segmentos que mais puxaram o resultado foram máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (16,1%), têxtil (13,4%), produtos químicos (8,0%), minerais não metálicos (7,8%), fumo (6,8%), alimentos e bebidas (6,5%), metalurgia (5,7%) e refino de petróleo e álcool (4,4%).