O ritmo de criação de empregos formais no Brasil deve dobrar em 2010, acompanhando a recuperação da atividade econômica, previu o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nesta segunda-feira, ao divulgar um resultado recorde para outubro.
Ele estima que em 2009 sejam geradas entre 1 milhão a 1,1 milhão de vagas líquidas com carteira assinada, número que deve subir para 2 milhões em 2010.
"A indústria vai crescer muito no próximo ano, mas (o setor de) serviços será o maior puxador de contratações, como tradicionalmente ocorre", afirmou Lupi a jornalistas.
Suas projeções para o emprego levam em conta um prognóstico de crescimento do Produto Interno Bruto de 7 a 8 por cento em 2010, após uma alta de 2 por cento este ano. O cenário é bem mais otimista que o desenhado pelo mercado, que aposta em crescimento de 0,21 por cento do PIB em 2009 e de 5 por cento em 2010, segundo o último relatório Focus do Banco Central.
Em outubro, a criação de empregos formais foi recorde para o mês, com 230.956 novos postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pela manhã.
O emprego foi puxado pela indústria no mês passado, com alta de 1 por cento, o equivalente a 74.552 contratações líquidas. "A indústria segurou suas contratações (ao longo do ano), teve demissões precipitadas e agora está tendo que contratar mais", afirmou Lupi.
De janeiro a outubro, foram criados 1.163.607 empregos formais, o número mais baixo para o período desde 2003 (910.547). O dado acumulado foi afetado pelo baixo desempenho do primeiro semestre, quando o comportamento do mercado de trabalho refletiu os efeitos da crise global.
Para novembro, o ministro estima saldo positivo de 150 mil empregos com carteira assinada, um recorde para esse mês, enquanto dezembro deve mostrar demissões no resultado líquido por fatores sazonais.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast