A mais nova companhia aérea brasileira é paranaense. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu ontem autorização de funcionamento para a Sol Linhas Aéreas Ltda. A empresa de capital nacional, que tem sede em Cascavel, é resultado de um investimento de R$ 100 milhões feito por empreendedores da região Oeste do Paraná. A empresa deve iniciar suas operações com vôos diários entre Cascavel e Curitiba em janeiro do ano que vem.
"Temos o propósito de oferecer alternativas de vôos compatíveis com a demanda, por um preço justo", afirma o presidente da companhia, Marcos Solano. A Sol vai estrear com uma aeronave turboélice L410 com capacidade para 19 pessoas, fabricada pela tcheca Let Aircraft Industries. O primeiro avião, comprado diretamente da fabricante, chega em dezembro e mais três aeronaves serão incorporadas à frota da Sol ao longo de 2009. Até lá, a empresa deseja atender diversas cidades do interior do Paraná, além de parte dos estados vizinhos e do Paraguai.
Decolando na crise
Questionado sobre a viabilidade de abrir uma empresa de aviação justamente em um momento de turbulência no cenário econômico, Solano faz a seguinte avaliação: "Se existe uma crise, todo mundo desiste. É aí que temos a oportunidade de surgir com força". Para o especialista em aviação e consultor da Multiplan, Paulo Bittencout Sampaio, mesmo que nasça bem estruturada e capitalizada, a empresa não deve alterar o mercado regional de aviação. "Cascavel é uma cidade com uma quantidade razoável de vôos regionais da Trip, que opera aeronaves de 48 e 60 lugares. A nova empresa deverá ter uma gestão impecável para poder brigar com uma gigante [da aviação regional]", avalia Sampaio.
A aviação regional corresponde por pouco mais de 2% do transporte de passageiros no Brasil. Desta parcela, a Trip detém 72% e o restante é pulverizado entre outras 9 empresas de menor porte.
Trâmites
O documento obtido ontem é apenas o primeiro passo para a criação da companhia aérea.Até fazer decolar seu primeiro avião, a Sol ainda precisa cumprir duas etapas. Uma delas é obter o Certificado de Homologação de Empresas de Transporte Aéreo (Cheta), que exige a verificação de toda a parte operacional da companhia, como condição das aeronaves e treinamento das equipes. Em seguida, será preciso receber a concessão que permitirá à empresa explorar comercialmente o serviço de venda de passagens, transporte de passageiros e cargas.
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