Encravada na porção noroeste da planície do Alto Reno, a pequena cidade alemã de Wörrstadt será 100% abastecida com energia renovável até 2017. O município de 3,7 mil habitantes é sede da juwi Wind GmbH, uma das líderes do segmento de energias renováveis no mundo, com atuação nos segmentos de geração eólica, solar e de bioenergia. No longo e médio plano, a empresa tem planos para o Brasil.

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O modelo de negócios da companhia consiste em produzir e fornecer energia limpa para cidades e vilarejos como alternativa às fontes não renováveis, em especial a nuclear, hoje predominante na Ale-manha. ?Fornecemos energia para as cidades equilibrando várias tecnologias. Se o cidadão recebe energia limpa a um preço baixo, fica fácil aceitar esse tipo de proposta?, afirma a diretora-gerente da juwi, Marie-Luise Pörtner. Segundo ela, a grande vantagem desse modelo é que a produção pode ser próxima ao local do consumo. ?O investimento fica próximo, gerando empregos e impostos para aquela comunidade?, diz.

Hoje a empresa emprega 1,2 mil pessoas e tem projetos em 20 países ao redor do mundo ? incluindo Costa Rica e Uruguai ? e atingindo, em 2010, receita de 900 milhões de euros (R$ 2 bilhões). Segundo o chefe de desenvolvimento de projetos da juwi na América Latina, Alejandro Lobo-Guerrero, a empresa tem planos de entrar no mercado brasileiro. ?Estamos pensando em entrar no Brasil, onde existe um mercado muito grande que acompanhamos de perto. Mas no momento isso não tem data para acontecer. Ainda estamos avaliando e traçando estratégias?, afirma.

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Modelo sustentável

O prédio principal da juwi foi construído para oferecer a melhor eficiência energética. Metade da frota da empresa é formada por carros elétricos, que são ?abastecidos? pela energia gerada nos painéis solares que formam a cobertura do estacionamento da empresa. Uma carga de duas horas gera autonomia para cada veículo rodar aproximadamente 300 km. A meta da empresa, segundo Marie-Luise, é converter 100% da frota para carros elétricos.