Tiago Alves, da CSEM Brasil: empresa adapta projeto para prever deslizamentos| Foto: Divulgação

Maior intercâmbio com centros de excelência tecnológica no mundo, investimentos nas classes mais pobres e direcionamento para energias naturais e renováveis são três modelos de inovação que podem acelerar o desenvolvimento de tecnologia no Brasil. A afirmação é do presidente do Centro de Inovações CSEM Brasil, Tiago Maranhão Alves, que ontem apresentou as linhas de pesquisa do instituto na 10ª Conferência Anpei de Cooperação para a Inovação Sustentável. "O intercâmbio é uma das formas eficientes de se desenvolver tecnologia de ponta sem perder décadas com pesquisa básica. O mundo está mais aberto para parcerias de pesquisa e exploração do que a gente imagina, e os grandes institutos estão começando a identificar o Brasil como um parceiro neste sentido", diz Alves.

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Por exemplo, o instituto está adaptando uma tecnologia de monitoração e prevenção de avalanches desenvolvida na Suíça (pela CSEM S.A.). O objetivo é desenvolver um sistema de baixo custo para minimizar as mortes ocasionadas por deslizamentos de terra em morros e encostas.

O produto consiste em uma rede autônoma de sensores plantados nas encostas, interligados por ondas de rádio de baixo consumo energético, que permitem o monitoramento de alterações físicas no solo. No caso de risco iminente para a população ou alterações perigosas nas condições do solo, um alarme soa automaticamente na central das autoridades competentes. O produto é feito de sensores bastante pequenos – do tamanho de uma ponta de dedo –, e prevê ter "custos compatíveis com os orçamentos municipais" do Brasil. Outro projeto, iniciado nos Emirados Árabes, está com implantação em estudo no Brasil: a associação de energia solar térmica em pequenas centrais hidrelétricas.

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Anpei

A 10ª Conferência Anpei de Cooperação para a Inovação Sustentável superou a marca de 800 inscritos, destacando o bom equilíbrio entre empresas, governo/instituições de fomento e universidades/centros de pesquisa entre os participantes. Hoje é o último dia da conferência, com apresentação de mais cases entre 10 h e 17 h.