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contabilidade do futuro

Empresa cria “robô contador” que trabalha até 100 mil horas por ano

Roit Contabilidade investiu mais de R$ 2 milhões nos sistemas de inteligência artificial | Divulgaççao/
Roit Contabilidade investiu mais de R$ 2 milhões nos sistemas de inteligência artificial (Foto: Divulgaççao/)

Uma empresa brasileira especializada em contabilidade acaba de lançar soluções tecnológicas em inteligência artificial voltadas ao setor corporativo. As soluções, desenvolvidas pela curitibana Roit Consultoria e Contabilidade, automatizam as tarefas do setor contábil e de recursos humanos das empresas. Ao todo, foram investidos mais de R$ 2 milhões nos sistemas de inteligência artificial que serão implementados no Brasil e nos Estados Unidos.

A primeira solução trata-se de um software que faz todo o processo de contabilização e gestão de documentos fiscais. O processo funciona da seguinte forma. A empresa encaminha os documentos por scanner ou diretamente pelo site da Roit e eles vão para a nuvem criptografados. Depois, um robô extrai os dados, interpreta a natureza do documento, faz a classificação contábil e a validação das regras fiscais.

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Nas duas primeiras semanas em que os robôs trabalharam, foram realizadas 1,8 mil operações por hora e mais de oito mil classificações contábeis sem nenhuma interação humana, com um índice próximo a 90% de precisão. A expectativa é que os robôs gerem uma economia de 70 a 100 mil horas trabalhadas ao ano.

“A tecnologia facilita o dia a dia e agiliza os processos do setor contábil”, defende o empresário Lucas Ribeiro, sócio-fundador da Roit. “Quando você utiliza um robô, além de ter menos trabalho, o processo é mais rápido e mais assertivo, porque ele tem uma capacidade muito maior de aprender em um curto espaço de tempo do que um ser humano durante a vida toda”, completa.

A Roit também desenvolveu uma tecnologia para ser aplicada na área de recursos humanos das empresas. Trata-se do Roit People, um aplicativo para celular que automatiza o processo de admissão e folha de pagamento. Para o ano que vem, o app vai ganhar novas ferramentas, como ponto com biometria facial, intranet ao estilo rede social e o People Analytics, para análise e cruzamento de dados dos funcionários.

“O mercado está muito carente dessas tecnologias. Hoje em dia, não há como viabilizar um crescimento exponencial em médias e grandes corporações sem o uso de tecnologia de ponta”, finaliza o empresário.

Vale do Silício

Esses dois projetos serão levados pela startup brasileira aos Estados Unidos. Em março de 2019, a Roit vai inaugurar uma unidade no Vale do Silício, maior polo tecnológico do mundo, que vem somar aos trabalhos das equipes de Curitiba (PR) e Brasília (DF).

“É desafiador estar na Califórnia, mas nossa tecnologia é adaptável aos modelos de negócios das empresas, sejam elas brasileiras ou não”, avalia Ribeiro. Neste sentido, o empresário aposta que o que foi desenvolvido no Brasil será recebido de uma forma muito positiva no mercado norte-americano, especialmente o Roit People.

“Nos Estados Unidos já existe solução parecida com esta, mas nenhuma é ofertada de maneira a reunir todas as ferramentas que o app oferece. O que fizemos foi integrar as tecnologias que existem hoje, mas estão soltas.”

Já em relação ao software da área contábil o desafio é maior, visto que, nessa área, as empresas norte-americanas estão menos desenvolvidas do que as brasileiras. “O sistema tributários dos EUA é mais simples do que aqui, então as empresas não deram muita atenção a isso”, lamenta o empresário.

De qualquer forma, ele garante que há uma tendência de amadurecimento do mercado e que as corporações vão precisar, cada vez mais, de controle de governança. O foco é em empresas que faturem entre US$ 15 a 20 milhões ao ano.

Na unidade dos EUA, a Roit vai investir R$ 500 mil em 2019 e contratar dez pessoas da área de T.I.

O Roit Bank

Para 2019, a Roit vai lançar mais uma inovação tecnológica para o mercado brasileiro. O Roit Bank, direcionado para as corporações gigantes, que faturam acima de R$ 500 milhões por ano, vai atuar como banco que utiliza inteligência artificial.

A ideia é que a empresa funcione como uma fintech, termo que define as startups do setor financeiro, e tenha por diferencial unir às áreas de contabilidade e fiscal, oferecendo às corporações total rastreabilidade e controle dos pagamentos.

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