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Negócios

Empresários brasileiros ultrapassam marca de negócios fechados em 2010 com países sul-americanos

A missão empresarial brasileira enviada, na semana passada, a países da América do Sul alcançou o volume de US$ 57,7 milhões em acordos comerciais imediatos e para os próximos 12 meses. Em visita a dois países sul-americanos dos três programados, as vendas já superaram a marca de 2010, que ficou em US$ 44 milhões. A delegação, agora, segue para a última rodada de negócios, que ocorre na próxima segunda-feira (29), em Santiago, no Chile.

Foram realizadas negociações para intercâmbio bilateral em Bogotá, na Colômbia, e em Lima, no Peru. Na capital colombiana, foram negociados US$ 20,5 milhões. Em Lima, com o empresariado local, foram acertadas vendas no valor de US$ 26,7 milhões no primeiro dia de encontro. E, no segundo dia, nas negociações que envolveram compradores de outros países da região, foram acordados US$ 10,5 milhões em negócios.

De acordo com o coordenador de Imagem e Acesso aos Mercados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Ricardo Santana, as missões comerciais têm sido "extremamente positivas", tendo alcançado os três objetivos principais: consolidar a dinâmica bilateral do comércio existente, iniciar o intercâmbio comercial de novos produtos e superar o volume negociado no ano passado. "As negociações estão sendo extremamente positivas. Os produtos brasileiros são muito bem recebidos. Estamos ainda mais otimistas para a rodada do Chile", disse.

Santana destacou, ainda, que essa missão, em especial, consolida a exportação de produtos com alto grau de valor agregado e tecnologia. "Ficamos satisfeitos em saber que empresas brasileiras estão fazendo o diferencial, com a venda de produtos de alto valor agregado e ricos em tecnologia, como máquinas e equipamentos", disse. Companhias dos segmentos de casa e construção, moda e saúde também participam das negociações. Ao todo, são 43 empresas participantes.

Outro segmento que teve destaque de inserção de mercado foi a linha gourmet. Segundo o coordenador da Apex-Brasil, as empresas de alimentos sofisticados iniciam uma nova fase de negociação entre o Brasil e os países da América do Sul. "Estamos desbravando novos mercados visando, principalmente, à ascensão significativa de consumidores que atingiram as classes A e B", observou.

A missão empresarial brasileira ao Chile, Peru e à Colômbia foi organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Apex-Brasil.

A América do Sul é o terceiro destino das exportações brasileiras. Dos US$ 202 bilhões exportados pelo Brasil em 2010, 18,4% (US$ 37,2 bilhões) foram para os países sul-americanos. Do total, cerca de 60% são produtos de maior valor agregado. Entre os principais embarques externos, estão automóveis e ônibus, peças para veículos, máquinas e equipamentos, aparelhos de telefonia e produtos farmacêuticos.

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