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Retaliação

Empresários defendem diálogo com EUA sobre algodão

O Brazil-US Business Council defendeu uma solução negociada para o conflito envolvendo o Brasil e os Estados Unidos na questão do algodão. O braço brasileiro da organização comercial, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmou em carta divulgada na terça-feira (3)) que a imposição de medidas retaliatórias pelo governo brasileiro a produtos americanos não seria do interesse dos dois países. O anúncio ocorre na véspera da visita de uma representante do governo dos EUA ao Brasil para tentar convencer os brasileiros a encontrarem uma solução negociada.

A embaixadora Miriam Sapiro, do U.S. Trade Representative, que cuida das questões de comércio internacional dos EUA, deve desembarcar em Brasília nesta quinta-feira (1º) para negociar com autoridades brasileiras e impedir as retaliações. Não está claro qual a agenda. Depois de um embate iniciado em 2002, os brasileiros venceram a disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) para poder retaliar os EUA. Os americanos, segundo a entidade, concedem subsídios ilegais aos produtores de algodão do país, o que traz prejuízos para os concorrentes brasileiros.

"Embora consideremos a retaliação um mecanismo legítimo em acordo com a OMC, reconhecemos e enfatizamos que isso não está no interesse de longo prazo dos dois países. Portanto, apoiamos a ideia de um pacote negociado que constitui uma alternativa para a retaliação comercial", afirma a carta assinada por Henrique Rzezinski, presidente do Brazil-US Business Council em Brasília - há um braço da entidade nos EUA. Ele também assinou a carta em nome da Braztac, que significa Coalizão de Ação Comercial do Brasil, na sigla em inglês.

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