Representantes dos bares e restaurantes e dos trabalhadores do ramo reuniram-se na manhã desta sexta-feira (24), na sede da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), em Curitiba, para discutir a divisão da gorjeta de 10% nos estabelecimentos do estado. Os dois lados querem entrar em consenso sobre o montante da gorjeta que deve ficar para os patrões e para os empregados.
Os 10% pagos pelos clientes aos estabelecimentos não ficam totalmente para os garçons e demais empregados. O montante é repartido entre a empresa que usa uma porcentagem pequena para cobrir gastos com folha de pagamento e os funcionários que dividem entre si a maior parte do dinheiro. Porém, nem todos os estabelecimentos adotam esse método e os acordos para regularizar a divisão são feitos caso a caso.
Abrasel-PR, representante das empresas, defende que haja uma regulamentação que abranja todos os estabelecimentos e empregados. Segundo o diretor-executivo do órgão, Luciano Ferreira Bartolomeu, "hoje é necessário 33% do dinheiro total da gorjeta para cobrir esses gastos". Por isso, ele diz que o ideal seria um acordo semelhante ao de São Paulo, onde foi decidido que 35% do montante arrecadado seria destinado para as empresas e 65% aos empregados.
Já o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehoteis) defende que a os acordos continuem sendo feitos caso a caso. "Nós fechamos os acordos com empresas para taxas entre 20% e 25%. Acreditamos que 35% é muito", diz o diretor de assuntos jurídicos do Sindehoteis, Claudeir Albunio.
Na reunião, patrões e empregados não entraram em acordo. As duas partes, entretanto, não abrem mão da gorjeta, mesmo que não seja regulamentada, por se tratar de algo costumeiro no Brasil.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast