Lideranças empresariais do Paraná devem solicitar uma audiência com o governo do estado e a Assembleia Legislativa para discutir o reajuste do salário mínimo regional. A proposta do governo eleva o piso em 9,5% a 21,5%, dependendo da faixa salarial, e ainda precisa ser aprovada pelos parlamentares.
A classe empresarial representada pela Fiep, Faep, Fetranspar, Faciap, ACP e sindicatos empresariais vai tentar convencer governo e deputados estaduais que o porcentual proposto é irreal e vai provocar um impacto negativo na economia, comprometendo a competitividade paranaense por conta do aumento no custo de produção.
"Não somos contrários ao reajuste do salário, mas defendemos um índice real, com base em estudos técnicos. Em nenhum momento fomos procurados para discutir o tema. A decisão foi unilateral", disse Amilton Stival, coordenador do Conselho de Relações do Trabalho da Fiep. O presidente da Faciap, Ardisson Akel, alerta que os empresários do interior do estado terão maior dificuldade para praticar o piso proposto.
Para representantes dos trabalhadores, o reajuste é razoável. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaep), Ademir Mueller, afirma que o aumento da renda do trabalhador traz mais consumo. "É isso que gira a roda da economia. Mesmo com o mercado externo ruim, o interno está muito bom, e isso é positivo para os patrões", diz.